Carlos Alberto Mendes Teixeira (Caíto) foi eleito presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), no congresso ordinário realizado no dia 30 de setembro findo, com 36 votos a favor, contra os 12 do segundo mais votado, Fernando Tavares (Bené).
Mais uma vez, o pleito eleitoral decorreu em ambiente de grande concorrência para a ocupação da cadeira de presidente da FFGB, com muita polémica à volta do processo. Houve, até, um grupo de candidatos que realizou um escrutínio no dia 8 de agosto passado, à revelia da comissão eleitoral criada para o efeito, mas invalidado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), considerando ser uma violação dos estatutos da federação nacional.
Inicialmente eram sete candidatos, mas um acabou por ser impedido pela FIFA através de uma decisão da sua Comissão de Ética, neste caso, Manuel Nascimento Lopes (Manelinho), que foi suspenso do cargo por um período de 10 anos a contar desde a data do anúncio da decisão (julho de 2020 a julho de 2030), salvo se recorrer da decisão e lhe dada razão.
Os restantes concorrentes eram Fernando Tavares, que ficou na segunda posição com 12 votos; Benelívio Nancassa e Mutaro Bari, ambos não obtiveram nenhum voto, com Paulo Mendonça e António Patrocínio a desistir na véspera das eleições.
O facto que marcou o processo eleitoral e que, de certo modo, criou polémica tem a ver com o regresso de Caíto à lista de candidatos depois de ter declarado publicamente a sua desistência a favor de Manelinho.
Nas suas primeiras declarações após o anúncio dos resultados, Caíto Teixeira convidou os adversários derrotados a aderirem ao seu projeto e formarem uma frente única em prol do futebol guineense.
“Terminaram as eleições e vamos enterrar o manchado de guerra porque, de facto, as ideias é que são diferentes, mas penso que todos nós ansiamos pelo progresso do nosso futebol e do nosso país”, declarou Caíto Teixeira.
Fernando Tavares, o segundo concorrente mais votado, não compareceu na sede da FFGB, local da realização destas eleições. O seu mandatário junto da Comissão Eleitoral não prestou quaisquer declarações aos jornalistas. Disse que vai informar ao candidato derrotado tudo quanto registou neste ato eleitoral e, só depois, convocar a imprensa para um pronunciamento oficial.
Texto e foto: Aliu Baldé