O presidente da Associação de Defesa e Proteção das Empregadas Domesticas (Anapromed), Sene Bacai Cassamá, denunciou hoje, em conferência de imprensa, irregularidades cometidas a umas das suas associadas, um pessoal menor do Ministério da Educação Nacional, durante o pagamento de salários.
A vítima foi obrigada a deslocar-se ao ministério, abandonando o hospital, onde estava internado, para marcar presença física, como condição para receber o ordenado num valor de 50 mil francos. Isso depois de o filho ter avisado que a mãe não poderia deslocar-se. Depois deste movimento obrigatório, a mulher não resistiu e acabou por falecer no dia 7 de agosto último.
Sene Cassamá apelou a todos os seus associados no sentido de aderirem a vigília à frente do Ministério da Educação, a realizar-se nos próximos dias. Chamou também a atenção ao Ministério Público no sentido abrir inquérito a fim de apurar a veracidade dos factos, que originou a perda de vida dessa mulher.
Por sua vez, Miguel Pires, filho da malograda Helena Alberto, afirmou que a mãe estava muito doente e internada no Hospital Militar, mas não tinha dinheiro para comprar medicamentos e dirigiu-se ao Ministério da Educação com a receita para mostrar a comissão de pagamento, que exigiu a presença da física.
O filho lamentou que se tivessem meios nunca iriam levar a sua mãe a receber “aquele dinheiro miserável”.
Apelou o Governo no sentido de assumir as suas responsabilidades e acabar com este tipo de situação “porque e gravíssima”.
Adelina Pereira de Barros