O Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento (BOAD) financiou a Cooperativa Agrícola de Pirada liderada por Alassana Camará na aquisição de um trator agrícola, duas motocultivadoras, peças sobressalentes e 50 sacos de 50 quilogramas de sementes de arroz para a campanha agrícola que se avizinha.
A cooperativa junta a vila de Pirada, sede, e a tabanca de Colondinto que beneficiam de uma bolanha com 120 hectares, recuperada graças ao apoio da Associação de Jovens Agricultores de Pirada (AJAP).
A AJAP, que apoiou na recuperação da bolanha, vai ajudar também no armazenamento do cereal após a colheita, porque a cooperativa não dispõe de armazém.
O equipamento foi adquirido no quadro de um programa de segurança alimentar no país. Os projetos foram elaborados pelas organizações juvenis, Conselho Nacional de Juventude (CNJ) e Rede Nacional das Associações Juvenis, Renaj, submetidos ao governo em 2010 à procura de financiamento.
O Banco Oeste Africano para o Desenvolvimento surgiu como potencial financiador e, na hora de entrega desses equipamentos, em Pirada, os seus responsáveis anunciaram que 50 por cento do valor da aquisição, que rondam 10 mil milhões de francos CFA, serão reembolsáveis pelo Governo.
Nesta primeira fase, alguns setores administrativos do país, cujas populações estão a ser atingidas pela fome, vão beneficiar desses tratores, motocultivadoras e motoceifadoras.
Essas duas localidades, Pirada e Colondinto, que vão beneficiar da bolanha recuperada, preveem um aumento substancial da produção do cereal, numa zona afetada por fome severa.
A bolanha, com 120 hectares repartido em 960 parcelas, ou seja, cada hectare dividido em oito fracções, vai beneficiar 5.320 pessoas nesta primeira fase, aliás, esse é o número de indivíduos já inscritos na cooperativa.
Até aqui a bolanha estava subaproveitada porque os aldeões, desprovidos de alfaias agrícolas, lavravam-na utilizando ferramentas tradicionais como arado, ancinho e outros instrumentos usados na lavoura.
Alassana Camará, secretário setorial do CNJ em Pirada e, cumulativamente, presidente da cooperativa agrícola local, disse que esse apoio é um balão de oxigénio para a segurança alimentar na zona.
Por: Abduramane Djaló
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