As autoridades da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri realizaram, hoje, dia 7, o ateliê de validação interna do Projeto Quadro da Cooperação Transfronteiriça entre os dois países com o objetivo de promover a paz, estabilização e desenvolvimento nos dois estados.
A cerimónia da abertura foi presidida pelo ministro da Administração Territorial e Poder Local, igualmente presidente da Comissão Nacional de Fronteiras da Guiné-Bissau, Marciano Silva Barbeiro.
No seu discurso, o governante fez um resumo do documento que contém 11 páginas e 19 artigos. O instrumento fala de esforços que devem ser empreendidos na procura de soluções em matéria de defesa, segurança e desenvolvimento de zonas fronteiriças, assim como a prevenção e gestão de conflitos que permite a integração das comunidades que vivem junto às fronteiras comuns.
Segundo Barbeiro, um outro desafio dessa organização é lutar contra a descarga de resíduos sólidos, a pesca ilegal, exploração fraudulenta de recursos transfronteiriços, promover a paz e estabilidade, facilitar a migração e a mobilidade transfronteiriça.
O ministro afirmou que é de livre vontade e interesse desses dois países vizinhos trabalhar de forma conjunta para a estabilização fronteiriça, permitindo assim a circular normal e regular de cidadãos com maior segurança possível.
Marciano Silva Barbeiro disse esperar que os técnicos indigitados por vários departamentos estatais para fazerem parte desta comissão vão de uma forma cautelosa, analisar ponto por ponto, parágrafo por parágrafo, este Projeto de Acordo Quadro da Cooperação interpretações que poderão pôr em causa os bons laços de colaboração e de amizade existente entre os dois Estados.
Por sua vez, a secretária Executiva da Comissão Nacional de Fronteiras da Guiné-Bissau, Balbina de Pina da Silva Gomes, disse que vão validar o documento, o que devia ter acontecido desde ano passado mas por razões alheias, não aconteceu, pelo que durante este ateliê haverá tempo de analisar os dossiês elaborados se de facto estão em conformidade com a lei.
Silva Gomes referiu que os técnicos da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri criaram a comissão e a subcomissão para trabalhar em sinergias para diminuir conflitos existentes nas fronteiras.
Adelina Pereira de Barros