O Primeiro-ministro afirmou ontem que a exploração do bauxite de Boé será uma realidade durante esta legislatura, constituindo assim o “maior programa estrutural” da Região de Gabu.
Geraldo João Martins fez este anúncio durante o ato da entrega de um grupo gerador de um mega (1000 kva) à Central Elétrica de Gabu, com o objetivo de minimizar as carências à população local nesse domínio.
O chefe do executivo, apontando ao Programa de Governação (PG), recentemete aprovado pela ANP, anunciou igualmente a construção, durante este mandato, de uma ponte na travessia sobre o Rio Tchetche (Boé), referindo que a jangada ali colocada está lá de forma provisória, porque a breve trecho será substituída por uma outra com maior capacidade.
Aliás, indicou que, no quadro da exploração do bauxite, será construído um caminho de ferro, ligando Boé a Buba, local onde irá ser construído um porto de águas profundas, para permitir a exportação daquele minério e alavancar o desenvolvimento da Região de Gabu.
Mas para que isso aconteça, Geraldo Martins quer o envolvimento de todos os filhos da região, cada um dando a sua contribuição, o que facilita ainda ao governo conhecer as prioridades das populações e executar melhor o programa em função dessas necessidades.
Entretanto, Geraldo Martins informou que a entrega do referido gerador acontece no quadro do Programa de Emergência do governo, isto é, depois de ter-se feito o mesmo gesto em Bafatá e Bubaque, faltando apenas Canchungo, quatro localidades selecionadas para esta primeira fase do programa na área energética.
Disse que na próxima fase haverá outras zonas a beneficiar e que serão anunciadas oportunamente.
Explicou que uma das maiores preocupações, não é só levar a luz à população, mas também criar as condições para que haja a sua boa gestão, permitindo que todos possam beneficiar.
Neste sentido, garantiu que o executivo já está a trabalhar com vista a colocar contadores pré-pagos em toda a parte, dentro de pouco tempo, com prioridade para as quatro zonas beneficiárias desses geradores. “Assim, cada um paga o que consume, nem mais”.
O Primeiro-ministro falou sobre a recente aprovação do Programa do Governo pelo parlamento, principal instrumento de governação, tendo aproveitado a oportunidade para, uma vez mais, agradecer aos deputados por este “gesto de confiança”.
Alcatroamento de mil quilómetros
No entanto, muitos questionam que, com a aprovação do PG, o que será do Programa de Emergência? A estes, Geraldo Martins responde que aquilo era somente espécie de aquecimento e “agora começa o trabalho”. “Terminou o aquecimento, agora vai começar o jogo em si. Teremos várias ocasiões de voltar a Gabu para vos informar sobre aquilo que está no Programa de Governo e os principais projetos para esta região, nesses quatro anos”, promete.
Nesta perspetiva, anunciou a criação de programas de microcrédito para as mulheres da atividade económica de Gabu, assim como de um banco de fomento para permitir àquelas que não têm possibilidade de contrair empréstimo bancário, conseguirem dívidas nesse banco com zero taxa de juros.
Adiantou que, durante o seu mandato, a Região de Gabu vai beneficiar de alcatroamento das suas principais vias, no quadro do projeto de alcatroamento de mil quilómetros das estradas do país.
Garantiu também que, a partir de 2024, o governo começa a meter água potável um pouco por todo o país, tal como prometera durante a campanha eleitoral e emanado no Programa de Governação.
Fez também saber que haverá escola, os serviços de saúde e distintas áreas da sociedade irão funcionar normalmente.
Finalmente, aproveitou o ato para anunciar que a reabilitação do troço Safim-Jugudul vai se iniciar a partir da próxima semana e com uma duração de 50 dias.
Ibraima Sori Baldé