“Mindjeris bó pára maltratanu”, “homi ika bumbulon”, “Basta violencia contra homens” e “homi ika melancia”, são algumas das frases que se podiam ouvir na marcha, realizada esta manhã, em Bissau, por um grupo de mais de seis dezenas de homens, na sua maioria jovens, para exigir o fim da violência que se tem verificado contra os homens, nos últimos tempos um pouco por todo o país.
Na marcha, com o lema “Basta violência contra homens”, os participantes estavam vestidos de camisolas e chapéus brancos e passearam algumas artérias de Bissau e terminaram na Praça dos Heróis Nacionais (Praça de Império).
O objetivo da manifestação é, segundo os organizadores, para exigir o fim daquilo que consideram de abuso e violência contra os homens, tendo destacado os casos em que a mulher cortou o pénis do marido, outra que deitou água quente ao parceiro, por este se atrasar a chegar em casa. Citaram também outros factos, nas quais a esposa bateu violentamente uma cadeira contra o seu marido, causando-lhe ferimentos graves.
“Somos contra violência baseada no género. Por isso, quando as mulheres são violentadas, juntamo-nos ao lado delas para condenar e solidarizar-se com elas, mas não podemos permitir o contrário também”, refere um dos organizadores, Maiga Indjai.
Os marchantes exigem ainda que a justiça seja em diferentes casos do género, apontando o exemplo do último, em que a mulher cortou o órgão genital do marido, em Quissete, setor Prábis, Região de Biombo. Pedem às autoridades competentes para empenharem na evacuação da vítima para o exterior.
Maiga Indjai garantiu que hoje é apenas um começo, pois as marchas vão continuar e irão alastrar-se para as regiões, nos próximos tempos.
Ibraima Sori Baldé