O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural lançou hoje, dia 28, o projeto de Apoio a Autonomização e Inclusão Financeira das Mulheres e Jovens (PAIFJ) nas fileiras de caju, frutas e legumes, financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) na ordem de quatro biliões de francos CFA com uma previsão de 1500 empregos diretos.
No entender do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Marciano Silva Barbeiro, o projeto vai contribuir para o empoderamento económico e a criação de emprego sustentável para as mulheres e jovens do país.
Silva Barbeiro sublinhou que o lançamento desse projeto marca uma etapa na implementação das políticas públicas que visam o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no horizonte 2030.
Conforme o governante, com base na parceria público-privada, o PAIFJ permitirá profissionalizar 100 cooperativas de mulheres e micro empresas, oferecer oportunidades de formação de inspeção a 300 rapazes e raparigas, formar cinco especialistas em caju e 10 formadores especializados no processamento de produtos agrícolas.
“Será aberto um fundo de financiamento de 780 milhões de francos CFA e criados espaços infantis para a saúde e educação, instalados nas unidades de produção”, anunciou Marciano Barbeiro.
Por seu lado, em nome dos beneficiários, Mariama Danfa Nanque disse que as mulheres e os jovens guineenses carecem de oportunidades de emprego e de liderança. Considerou que o acesso ao crédito é uma das estratégias para o empoderamento da mulher e promoção de igualdade género, sendo as principais lutas das classes feminina e juvenil a nível nacional e sub-regional.
“Apelamos aos gestores do projeto que tenham em conta a situação das mulheres e jovens intervenientes nas fileiras de caju, frutas e legumes, pois a representatividade das senhoras nos setores referenciados pode contribuir para a autonomização económica, criação de emprego rumo ao desenvolvimento do país”, afirmou Nanque.
Espectativas
O projeto espera contribuir para a operacionalização da “Carta de Política de DesenvolvimentoAgrário” e do Programa Nacional de Segurança Alimentar, consubstanciado para a redução do défice na qualidade dos recursos humanos, visando aumentar a produção agrícola.
A profissionalização das cooperativas e a melhoria dos acessos ao financiamento, fortalecer a empregabilidade dos jovens e atratividade do setor agrícola e reduzir as desigualdades, são entre outras, as vantagens esperadas nesse projeto.
Aliu Baldé