Autoridades e população de Pirada dizem não querer agente de polícia

Os três deputados da nação eleitos no círculo 17, setor de Pirada, que são Aladje Batali Silá (MADEM G-15), Umaro Demba Djamanca (PAIGC) e Mulai Baldé (PRS) reuniram-se, no dia 19 de abril, naquele setor, com as autoridades tradicionais e religiosas para endereçar uma inquietação do povo ao Governo de não querer o regresso do agente da Polícia de Migração, Aliu Djaló, àquela vila.

O diretor-geral da Migração, Celso de Carvalho, reagindo em exclusivo ao Jornal Nô Pintcha à preocupação da população de Pirada garantiu que o agente em causa já está transferido para Gabu e nunca mais volta à pirada.

O chefe da tabanca de Pirada, Aliu Candé, disse, no dia 19 de abril, à margem dessa reunião geral, estar satisfeito com a unidade demonstrada por todos no setor em considerarem persona non grata ao agente de migração que dizem ter instalado terror na fronteira com o Senegal em apreensões de bicicletas, motos, multas pesadas, castigos corporais e até prisões de cidadãos nacionais.

Quem prendia, castigava, multava e maltratava os guineenses não era propriamente o dito agente da migração local, mas sim as autoridades senegalesas instaladas na fronteira, a três quilómetros, na tabanca do país vizinho, Nhanao. O chefe de tabanca de Pirada acusa o antigo agente de migração de ter rogado ao seu homólogo senegalês a agir com mão dura contra todos os guineenses que chegassem ao Senegal, pela via de Pirada, sem carimbo de migração.

As autoridades senegalesas de uma forma fortuita ou maldosa acataram o pedido do agente de polícia guineense e a partir daí começaram a prender bicicletas e motorizadas, se, por ventura, o dono não tiver autorização de saída carimbada pelo agente de migração. “No ano passado o agente de polícia de Nhanao deteve vinte bicicletas e nove motorizadas de cidadãos guineenses que lá iam comprar artigos alimentares”, acusa Aliu Candé. “Eu pessoalmente fui lá pedir o agente de polícia de Nhanao e o chefe de tabanca local para libertarem as bicicletas e motos. Primeiro, na nossa presença aceitaram e depois de termos abalado e informar os donos a dirigirem-se a Nhanao para recuperarem seus pertences as autoridades senegalesas voltaram a recusar alegando que os donos dos meios de transportes aprendidos devem pagar coimas.

Entretanto, os três regulados do setor, Propana, Patchana Handem e Patchana Solo estavam empanturrados das atividades malícias do agente de polícia, Aliu Djaló natural de Buruntuma, áreas de Pitche.

Texto: Abduramane Djaló – Foto: Idrissa Só (cortesia)

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