O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se com o PAIGC no dia 9 deste mês para debaterem assuntos relacionados sobre a governação do país e alguns aspetos ligados à atualidade política nacional.
Aos jornalistas, a segunda vice-presidente do partido, Maria Odete Costa Semedo, disse que saíram com a mensagem do Chefe de Estado que vão apresentar à direção superior do partido para análise e deliberação.
“Acabámos de sair da audiência que Sua Excelência o Presidente eleito se dignou convocar-nos para uma conversa sobre a governação e alguns aspetos ligados à política guineense”, revelou Odete Semedo.
A dirigente disse que ouviram atentamente a mensagem do Presidente da República, a qual vão transmitir à direção superior do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para análise e tomada de decisão e, posteriormente, transmitir ao Chefe de Estado a deliberação política do seu partido.
Questionada sobre a posição do partido perante a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em recusar o pedido de nulidade das eleições presidenciais requerida pela candidatura de Domingos Simões apoiada pelo PAIGC, Odete Semedo disse que a formação política de que faz parte pautou sempre pela legalidade e respeito pelas leis vigentes no país.
“Por repetidas vezes pela voz do presidente do PAIGC e da posição da direção superior do mesmo, dissemos que no dia em que o STJ, na veste do tribunal constitucional, proferisse o seu veredito final, o partido seria o primeiro a respeitá-lo, mesmo não concordando por entendermos que houve vícios no processo eleitoral”, afirmou.
A dirigente do PAIGC disse que o líder do partido já se pronunciou sobre o acórdão do STJ, tendo Domingos Simões Pereira, nas suas declarações semanais, acatado a decisão, considerando fechado o processo. “Estamos aqui em sua representação e fazemos as palavra dele as nossas”, acrescentou
“Se o coletivo de juízes estava seguro desde o início dos fundamentos apresentados no acórdão, então por que demoraram tanto tempo a decidir? Porquê que os juízes não decidiram logo aquando da reclamação do PAIGC”(?) questionou Odete Semedo.
Sobre a governação do país, a vice-presidente dos libertadores disse que o PAIGC ganhou as eleições legislativas mas a decisão de governar não depende apenas do partido, pois o Chefe de Estado deixou essa responsabilidade para os partidos políticos com assento parlamentar de dialogarem acerca do Executivo.
CEDEAO constata que existe paz e estabilidade no país
O presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean Claude Kassi Brou, esteve de visita ao país no dia 9 do corrente mês, tendo felicitado Umaro Sissoco Embaló pela sua eleição ao cargo de Presidente da República e participado na cerimónia de despedida da missão militar da CEDEAO, a Ecomib, instalada na Guiné-Bissau desde 2012.
Interrogado sobre estabilidade governativa, tendo em conta a reclamação do poder pelo vencedor das legislativas (o PAIGC), Jean Claude Kassi Brou disse que a continuidade do atual Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, com o programa do Governo já aprovado, depende exclusivamente dos deputados enquanto representantes legítimos do povo no parlamento.
Quanto ao funcionamento das instituições, Kassi Brou disse constatar que há paz, estabilidade e normal funcionamento dos órgãos de soberania guineenses.
Ainda na agenda de audiências do dia 9 de setembro, o Presidente da República recebeu no seu gabinete de trabalho o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas do Senegal, Birame Diop, enviado do Presidente senegalês, Macki Sall, para o representar na cerimónia que marca o fim da permanência da Ecomib na Guiné-Bissau.
Texto e foto: Aliu Baldé