A Autoridade Reguladora Nacional (ARN) realizou, dia 19 do mês em curso, o primeiro Fórum da Governação da Internet (FGI) com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância dessa ferramenta.
O evento visa facilitar o diálogo e a colaboração entre os setores público e privado e, por outro lado, identificar os desafios e as oportunidades específicas relacionadas à governação, assim como proporcionar troca de conhecimentos e melhores práticas.
No ato de abertura, o ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital, José Carlos Esteves, disse que este fórum aconteceu numa altura em que estão a ser discutidas as soluções e a implementação da economia digital no país, isto para evitar os erros de outros países que já estão avançados nessa matéria.
Segundo o governante, é preciso garantir o fornecimento regular de energia e criação de infraestruturas de telecomunicações como base para poder enfrentar os desafios de digitalização e da governação da internet.
“Esses debates estão acontecer exatamente no momento em que deparamos com problemas de estabilidade de rede de internet em todas as operadoras, situação que coloca em risco todo os esforços que estão a ser empreendidos. Nesse sentido, devemos apostar na melhoria das infraestruturas de telecomunicações, estabelecendo parcerias público-privadas”, salientou.
Por outro lado, o ministro informou que o Governo está a envidar esforço para ultrapassar todas as barreiras no setor de telecomunicações, através da melhoria de condições das infraestruturas de autoestrada de comunicação.
Por seu lado, o presidente do Conselho da Administração da ARN, Bamba Coté, disse que a internet é, sem dúvida, uma das maiores forças transformadoras do tempo, e que o uso correta dessas ferramentas é fundamental para os cidadãos.
No seu entender, a ARN, como entidade reguladora das Tecnologias de Informação e Comunicação Social (TICS) e gestora do domínio de topo GW, tem a responsabilidade de garantir que a internet seja um motor de desenvolvimento para a Guiné-Bissau.
“Ao promover este fórum, queremos debater politicas para diferentes sectores, tanto públicos como privados, incentivando a inclusão digital, promover a segurança cibernética e fomentar a criação de conteúdo local”, sublinhou.
Para tal, disse que vai contar com empenho e dedicação dos técnicos e de todos os participantes, tendo reconhecido que o país enfrenta vários desafios em termos de infraestruturas e a fraca cobertura de rede nas zonas rurais.
“Muitos cidadãos ainda não têm as competências digitais necessárias, contudo, acredito que esses desafios são também oportunidades para inovar e investir em soluções que promovam a inclusão e o desenvolvimento”, reconheceu.
Informou que nos últimos anos, a ARN tem liderado várias iniciativas para melhorar o panorama das TICS no país, dentre os quais destacou a expansão da infraestrutura e a gestão do domínio GW, que visam fundamentalmente melhorar, de um lado, a conectividade e do outro, a promoção de um símbolo de identidade digital da Guiné-Bissau.
Alfredo Saminanco