O coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro, Aristides Gomes entrou com uma queixa-crime no Ministério Público contra dois deputados da bancada parlamentar do Madem G-15, nomeadamente Bamba Bandjai e José Carlos Macedo, por alegadas acusações contra o seu constituinte.
Em conferência de imprensa realizada no seu escritório, Carlos Alberto Pinto Pereira, disse que as palavras proferidas por esses deputados põem em causa o bom nome e a reputação do cidadão Aristides Gomes, pelo que têm que apresentar as aprovas factuais de acusações que fizeram.
Segundo o advogado na conferência de imprensa realizada na sede do Madem G-15 os dois deputados acusaram Aristides Gomes, que enquanto chefe do Governo teria autorizado a venda de passaportes a 14 cidadãos de nacionalidade paquistanesa.
Acrescentou que os dois deputados afirmaram que por cada passaporte venderam 554 mil euros e esse dinheiro foi canalizado para a conta do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Carlos Alberto disse que a intenção desses deputados é de envolver ou sujar o nome de Domingos Simões Pereira no alegado negócio. “Tenho certeza de que esses dois deputados sem sombra de dúvida não vão ser capazes de aprovar nada ao tribunal, por isso vou aguardar serenamente que a justiça seja feita, para definitivamente acabar com onda de calúnias e difamações que alguns políticos fazem para atacar seus adversários”, manifestou.
Celeridade nos processos
Pinto pereira aproveitou a ocasião para apelar ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Mamadu Saído Baldé, no sentido de tudo fazer para que os processos que deram entrada naquela instância judicial sejam concluídos.
Aliás, como o próprio presidente disse aquando da sua eleição de que a sua vitória iria trazer um novo fôlego para o sistema do poder judicial.
“Entre os processos que se encontram no STJ está a eleição do deputado Armando Mango ao cargo de primeiro vice-presidente da ANP que aguarda confirmação”, lembrou.
Para o advogado, se é nesse ritmo de lentidão que a justiça vai continuar a funcionar, portanto obriga as pessoas a recorrerem a outros meios, porque o que está a acontecer não é normal.
Alfredo Saminanco