A ONU-Habitat, em parceria com a Academia Ubuntu, financiado pelo Fundo Global, apresentou ontem, dia 19 de outubro, em Bissau, a primeira fase do estudo de plano de ação referente à Covid-19 e questões subjacentes em assentamentos informais na Guiné-Bissau, em cinco zonas, nomeadamente Gabu, Bafatá, Mansoa, Bissau e Bubaque.
O documento foi apresentado por Geniveva Edneusa Tavares, tendo dito que o objetivo do projeto é de apoiar as instituições nacionais com uma estratégia baseada em vidências para ação nas comunidades mais vulneráveis da Guiné-Bissau, minimizando os impactos socioeconómicos da pandemia da Covid-19, bem como questões subjacentes, tais como saneamento precário, com impactos nos níveis de malária e tuberculose.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Bissau disse que o único caminho para diminuir esse flagelo na sociedade guineense é promover o empreendedorismo jovem e levar o tratamento aos bairros, criar condições para que as associações dos moradores sejam implicadas e percebam que o lixo pode gerar dinheiro, ou seja, faz-los ser homens empreendedores.
Júlio César Nosoliny prometeu à ONU-Habitat que a instituição que dirige vai disponibilizar todos os seus quadros à disposição para apoiar no que for necessário.
Por seu turno, o coordenador da ONU-Habitat, Edmilson da Silva, aproveitou a ocasião para apelar às organizações da sociedade civil, particularmente a camada juvenil, no sentido de se mobilizar em torno dos esforços empreendidos pela própria Câmara Municipal de Bissau no domínio do saneamento básico, que é um dos aspetos candentes que o estudo demonstra.
Silva disse que os objetivos finais do projeto é de colocar a disposição e não só do Governo, como dos outros atores e parceiros internacionais, que possam permitir as autoridades empreender em conjunto ações tendentes a algumas recuperações resilientes dos impactos da Covid-19, nos assentamentos informais.
Igualmente, dar orientações claras de como a questão de saneamento pode influir nas condições de habitualidade das nossas populações, particularmente, nas periféricas.
Na sua curta intervenção, a coordenadora da Academia Ubuntu, Paula Camará, afirmou que a segunda fase do projeto vai cingir-se especificamente na mobilização e sensibilização, sob responsabilidade da academia.
De salientar que esse projeto foi financiado pelo Fundo Global, um projeto do PNUD para combater o VIH, a tuberculose e a malária e “garantir um futuro mais saudável, seguro e equitativo” para todos.
Fulgêncio Mendes Borges