Academia Nova Estrela de Safim vence torneio “Elvis Cup” em sub-14

A academia de futebol Nova Estrela de Safim é a vencedora da terceira edição do torneiro sub-14 “Elvis Cup”, com a reviravolta no resultado diante da academia Lúcio Gomes, por 2-1, numa tarde de grande demonstração de talentos futebolísticos.

A final desse torneio decorreu ontem à tarde, em Bissau, no “Campo Nelson”, no Bairro de Cuntum e teve uma assistência de milhares de amantes da modalidade, onde estiveram presentes velhos, mulheres, jovens e até crianças de cerca de cinco anos a aplaudirem seus filhos, irmãos e sobrinhos que se encontravam em ação no retângulo de jogo.

A academia Lúcio Gomes, que na edição anterior também esteve na final, este ano voltou a ser finalista e esteve a vencer até aos 65 minutos, momento em que o seu defesa central cometeu penalti. Sabino Crufa chamado a converter, fê-lo com competência, restabelecendo a igualdade por 1-1.

Tudo parecia que o jogo ia terminar na marca de grandes penalidades, o mais pequeno jogador em campo, tanto no tamanho como também na idade, decidiu a partida a três minutos do apito final do árbitro, numa jogada que requer uma explicação para quem não assistiu essa final.

Abel Basan, de apenas 11 anos de idade, conseguiu fazer a leitura correta de uma trajetória da bola cruzada na linha do fundo para a grande-área. O miúdo estava entre dois defesas, mas percebeu que o colega ia bater cruzamento, fugiu logo da marcação para o segundo poste, onde precisamente foi parar o esférico. Amorteceu com a perna e, ainda com a pressão do guarda-redes, ele não tremeu e encostou para o fundo da baliza, vibrando todos os espetadores, incluindo os adversários que aplaudiram a inspiração do garroto.

A Comissão Organizadora do torneio reconheceu e atribuiu Abel Basan o prémio de melhor jogador da edição de 2024, levando para a casa um pequeno troféu que fica na eternidade da sua história individual enquanto jogador de futebol.

O nível da evolução técnica dos miúdos é incontestável de que deveu-se às contribuições das academias de futebol para a ciência desportiva nacional, particularmente do desporto-rei, mas também, porém, muitos miúdos chegam às escolas de futebol com um talento natural evoluído.

Entretanto, nesta final, o Governo esteve representado por António Nalá, um dos dirigentes do Ministério da Cultura, Juventude e Desportos.

Este responsável elogiou a iniciativa de jovens jornalistas desportivo, de organizar o evento que visa incentivar a prática do futebol.

Por seu lado, o presidente da comissão organizadora do torneio, Idjé da Costa, lamentou a falta de apoio financeiro e material do Governo e da Federação de Futebol da Guiné-Bissau no sentido de incentivar as academias participantes.

Idjé da Costa disse que a sua estrutura sempre pensou em organizar o “Torneio Elvis Cup” noutras cidades do interior, mas a falta de meios necessários levou a comissão a realizar todas as três edições em Bissau, com contribuições de pessoas singulares.

De salientar que o torneio iniciou com a participação de 24 equipas, maioritariamente localizadas em Bissau, sendo uma da Região de Biombo (campeão) e outra da Região de Cacheu.

Aliu Baldé

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