“A partir de 28 de fevereiro de 2025 Sissoco não é Presidente da República”

O líder da Aliança do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian, afirmou hoje, 11 de julho, em conferência de imprensa, que a partir de 28 de fevereiro de 2025, Umaro Sissoco Embaló não é Presidente da República.

O líder da APU-PDGB exige a marcação das eleições presidenciais antes do fim de mandato do Chefe de Estado que, na sua opinião, termina a 27 de fevereiro, dia em que foi investido por próprio Nuno Gomes Nabian, na altura como primeiro vice-presidente do parlamento, em 2020.

O ex-Primeiro-ministro discordou com a dissolução da Assembleia Nacional Popular e, consequente, a queda do então governo do início da XI legislatura.

Lamentou a posição saída da última Cimeira da CEDEAO, que recomenda à realização das eleições legislativas ainda este ano. “O nosso partido só espera a marcação das eleições presidenciais e não legislativas”

Nabian convidou os líderes políticos, nomeadamente Domingos Simões Pereira, do PAIGC, e Braima Camará, do Madem-G15, a regressarem ao país para, juntos, fazerem frente ao Presidente da República.

Nessa comunicação à imprensa, Nuno Gomes Nabian proferiu várias acusações ao Chefe de Estado e declarou pronto a regressar à política ativa, isto depois de alguns meses de cumprimento tradicional ritual étnico (fanado).

“O Presidente Sissoco proclamou-se o único chefe em todas as instituições, incluindo nos órgãos de soberania, pondo em causa o princípio de separação de poderes plasmado na Constituição da Repúblicat”, acusou.

Nabian reiterou a sua posição em afirmar que Umaro Sissoco Embaló ganhou as eleições presidenciais de 2019 mas, diz ele, “os comportamentos posteriores me levaram a demarcar dele politicamente e nunca mais voltarei a alinhar com ele na política. Mas enquanto seres humanos, mantenho a nossa amizade e relações pessoais”.

O político disse que todos os militantes da APU-PDGB que faziam parte, tanto do governo como também das estruturas da administração do país, já se demitiram das suas funções, conforme as orientações do partido.

Aliu Baldé

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