África que queremos é aquela que vai assumir suas responsabilidades, cujos países estão empenhados em continuar realizando ações coletivas para dinamizar cooperação entre si e promover a União entre os povos.
É importante construir pontes de entendimento entre os povos e nações e incrementar o desenvolvimento económico e social. O papel dos líderes africanos deve centrar-se no desenvolvimento do continente, e isso passa por estabelecer abordagens positivas entre os vizinhos e remover quaisquer obstáculos entre os países africanos. Essas ações também devem facilitar a dinamização das organizações juvenis, através da criação das plataformas, fóruns focados em conseguir bolsas de estudos e programas que apoiem os jovens de África e a sua diáspora para encorajar uma cultura de resiliência, autónoma, solidária e de compartilhamento de visões e perspetivas.
O maior desafio que a África enfrenta agora, na minha ótica, é a implementação de políticas sustentáveis para exploração dos seus recursos naturais, Valorização dos recursos humanos, a consolidação das suas democracias e transformações das agendas de desenvolvimento humano ou seja o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento Sustentável, ODS, para o benefício das gerações vindouras.
A falta de recursos económicos e financeiros, a escassez de alimentos, água potável, saneamento básico, rede sanitária deficitária e falta de habitação adequada para os jovens têm impactado negativamente o bem-estar das nossas populações africanas. A redução dessa pobreza extrema e a diminuição das desigualdades sociais estão entre os objetivos visados para melhorar a vida das nossas populações.
Sabemos que a saúde, a educação, o combate à pobreza e o respeito dos direitos das crianças são questões cruciais para se garantir o bem-estar e desenvolvimento saudável das populações do nosso continente.
A situação das crianças africanas requer uma atenção particularmente urgente e os esforços combinados dos nossos governos, organizações não-governamentais, comunidade internacional para enfrentarmos os desafios que afetam o seu bem-estar e desenvolvimento saudável deve constituir-se uma das prioridades dos governantes.
O acesso à uma educação sólida e de qualidade em muitos países africanos continua uma miragem. O acesso à educação primária e secundária ainda é bastante limitada, nas zonas rurais ou aliás “suma na nha tabanca Sori cabo mais conhecido por Marué, regulado de Propana”.
Investir em escolas, centros de formação dos professores e os problemas de alfabetização é fundamental para se garantir oportunidade educativas adequadas para todos e promover desenvolvimento cultural e científico das crianças.
A pobreza generalizada em muitos países africanos afeta demasiadamente as crianças.
A proteção dos direitos das crianças exige particular atenção. Eles enfrentam diversos problemas, como trabalho infantil, casamento precoce, tráfico das crianças, recrutamento por grupos armados e abusos.
Eu julgo que é fundamentais os governos africanos garantir a implementação de leis e políticas de proteção à infância, bem como o fortalecimento dos sistemas de justiça para proteção dessa faixa etária, são áreas cruciais para assegurar um ambiente social e familiar seguro para as crianças africanas.
Outra questão de fundamental importância é o acesso a água potável e saneamento básico. Muitas crianças, “suma quilis di nha tabanca Marué vulgo Sori Cabo” têm dificuldades em obter acesso a água limpa e não têm acesso às instituições sanitárias adequadas, o que tem contribuído na propagação de doenças e afetado na saúde e bem-estar de todos.
África debate-se hoje, com muitos desafios e cresce a perceção de que a busca de soluções para grandes partes desses problemas não serão possível enquanto não existir um desenvolvimento harmonioso e sustentável em benefício da maioria da população.
Por: Rachido Gorel Candé