A coligação Guiné Mindjor, liderada pelo Presidente do Partido Democrático para Desenvolvimento (PDD), defendeu uma reforma profunda na administração pública para investir nos setores de saúde e educação, a fim de reorganizar estes dois setores vitais para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Em entrevista ao Nô Pintcha, Nadem Almada afirmou que a reforma na administração pública vai permitir que o país reduza a massa salarial, que atualmente se situa em 6.7 bilhões de francos CFA.
Almada disse que a sua coligação almeja reduzir essa massa salarial para 3.5 bilhões de francos FCA. “Se conseguirmos fazer isso, vamos ter como saldo 3.2 bilhões para investir na saúde e educação. Esse saldo deve ser repartido muito bem para que possam ser melhoradas as condições destes dois setores”.
Segundo ele, os 1.2 bilhões de francos CFA serão destinados para o setor da educação, sendo 700 milhões para pagamento de salários, 500 milhões para a manutenção e construção de novas escolas, acrescentando que a coligação Guiné Mindjor quer construir escolas em todas as zonas do país.
Esse líder esclareceu que o programa da coligação propõe a construção de mais escolas, hospitais e centros de saúde no país.
“Os restantes 2 bilhões de francos CFA serão destinados para o setor da saúde, dos quais 800 milhões serão destinados, mensalmente, para o pagamento de salários e funcionamento dos hospitais e centros de saúde; 1.2 bilhões de francos CFA para a manutenção e a construção de novos centros de saúde e hospitais. Isto é o que podemos fazer com o orçamento que temos atualmente”, articulou Nadem Almada.
O político disse que a coligação Guiné Mindjor tem um programa para dinamizar a economia nacional.
Ainda ele, se dinamizarmos a nossa economia a longo prazo, significa que o Estado terá a capacidade de arrecadar mais receitas, através de mudança da lei de pesca, industrialização da castanha de cajú e a dinamização do setor do turismo, para que estes fundos possam ser investidos nos setores da educação e da saúde como referi anteriormente.
O responsável demonstrou o quanto a reorganização do setor da educação passa pela concepção de um programa escolar que corresponda com a evolução do mundo.
“Estamos num mundo tecnológico. O nosso programa tenciona formar jovens para serem competitivos para que possam ter emprego no novo mundo tecnológico. É necessário reformar os programas do ensino, de forma adaptá-lo à nova realidade do mundo”, informou.
No setor da Saúde, a coligação Guiné Mindjor avançará para o diagnóstico das necessidades básicas neste setor, defendendo a necessidade de ter um centro de hemodiálise no país para tratamento de problemas renais e um centro oncológico para o tratamento de pessoas com problemas de cancro.
“Significa que atualmente os pacientes com problemas renais, não podem viver na Guiné-Bissau. Temos que criar as condições para que os guineenses, com problemas renais possam viver no país e aqueles que tenham problemas oncológicos possam ser tratados na Guiné-Bissau”, insistiu.
Julciano Baldé