Uma missão de apoio à implementação do Projeto Regional de Acesso à Eletrificação da CEDEAO (PRAE), financiado pelo Banco Mundial, encontra-se no país para proceder à avaliação do desenrolar dos trabalhos na Guiné-Bissau.
A delegação já teve encontro com o ministro da Energia e tem agendada uma deslocação a Mansoa e Saltinho para visitar os postos de transformação da OMVG (Organização para Aproveitamento do Rio Gâmbi).
Na abertura da uma reunião para a coordenação regional, que decorreu ontem, em Bissau, o ministro da Energia e Indústria afirmou que o PRAE tem toda a atenção do governo, por tratar de um projeto estruturante que tem com objetivo contribuir para o alargamento substancial da taxa de eletrificaçao e acesso à energia eletrica em todo o país.
Augusto Poquena referiu que existem diferentes projetos de infraestruturação do setor da eletrcidade, financiados por outros parceiros de desenvolvimento, mas o PRAE é o único que tem como missão fazer a eletrificação de localidades com 500 ou mais habitantes, comunidades semi-urbanas, urbanas, num raio de 100 quilómetros das quatro subestações da OMVG na Guiné-Bissau.
O governante lembrou que o processo relativo ao pagamento das indemnizações começou com a subestação de Saltinho e já se encontra em fase final, o que permitirá o início dos trabalhos na zona Sul e, posteriormente, noutras regiões.
Poquena fez saber que o governo espera, para além das 14 localidades beneficiárias indiretas, no âmbito do atual contrato, poder ver eletrificada um total de 188 povoações identificadas.
Um passo em frente
À imprensa, Luís Alberto Gomes, coordenador do PRAE, referiu que a implementação está em estado avançado, sendo que esta missão veio ao país não só para fazer avaliação do desenrolar do projeto na Guiné-Bissau, mas também noutros dois países membros da organização, nomeadamente o Mali e a Gâmbia.
Aquele responsável acredita que, com essa reunião, vai-se dar mais um passo à frente no cumprimento dos objetivos do projeto, que é de eletrificação e o aumento da sua taxa nos Estados membros.
Em relação à visita às estações de Mansoa e Saltinho, o coordenador disse que será uma oportunidade para se proceder ao lançamento do primeiro posto, com vista a assinalar o início dos trabalhos, concretamente no terreno.
Isto porque, segundo ele, até aqui, o que tem sido feito é apenas estudo e aprovação de fichas técnicas e materiais, bem como a importação desses equipamentos, cuja grande parte já se encontra na Guiné-Bissau.
Relativamente a mudanças que o PRAE pode proporcionar ao setor energético, Luís Alberto Gomes garantiu que vai levar energia a todas as partes do país. Numa primeira fase, adiantou, o projeto vai eletrificar 66 localidades, para além das 14 que estão a ser financiadas pelo BOAD e, na segunda, espera-se atingir 180 lugares. Por isso, “o projeto vai ter um impacto social e na vida económica das populações”, perspetivou.
Ibraima Sori Baldé