O Projeto de Diversificação da Agricultura Familiar, Mercados Integrados, Nutrição e Resiliência Climática (Projeto REDE) entregou, hoje, dia 10, oito motorizadas para as organizações não-governamentais parceiras, nomeadamente o GRDR (Grupo de Pesquisa para o Desenvolvimento Rural), Kafo, Roppa e Tininguena.
A cerimónia foi presidida pelo ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, na presença do coordenador do projeto REDE e dos representantes das ONGs beneficiárias.
Depois da entrega desses materiais, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Botché Candé, desafiou aos seus técnicos para encarnarem os valores de competitividade no serviço para engrandecer o ministério.
Por outro lado, o governante apelou às beneficiárias o uso racional das motorizadas, tendo alertado que vai ser muito intransigente no controlo. Disse que não tem dúvidas quanto à capacidade dessas ONGs nas suas atividades.
Botché Candé disse que o momento é de ação e não de palavras e promessas. Nesse sentido, garantiu que daqui em diante 80% de tempo de todos os técnicos ligados ao Ministério da Agricultura vão trabalhar no campo e os 20% nos gabinetes.
“Chegou o momento de competições entre os ministérios, para isso, quero ter uma equipa pronta e disponível e quem não estiver em condições de acompanhar essa dinâmica é melhor afastar do jogo. Queremos aprovar aos guineenses que somos capazes de fazer algo”, desafiou.
Por sua vez, o coordenador do Projeto REDE, Albino Cherno Embaló, informou que o mesmo é financiado pelo FIDA, Fundo Koweit, Fundo Abu Dhabi e Fundo de Adaptação, num valor de 39 bilhões de francos CFA.
Segundo o coordenador, o financiamento visa melhorar as condições de vida das populações das zonas rurais do leste e norte do país, concretamente nas regiões de Bafatá, Gabu, Cacheu, Oio.
Albino Embaló disse que o grupo-alvo é 26 mil famílias, que correspondem a cerca de 287 mil pessoas. Segundo ele, dessas famílias beneficiárias, 3% deverá ter no seu seio as pessoas com deficiências e noutros três deve haver um jovem emigrante que já regressou ao país.
O coordenador disse que espera atingir até fim do projeto 80% dos produtores na zona de intervenção, finalmente para que esses produtores consigam aumentar os seus rendimentos em pelo menos 30%.
Ainda perspetiva cultivar 14 mil hectares de terras de planalto e 3.500 hectares de terras de planície, mas essas serão submetidas ao ordenamento hidroagrícola e cultivados de maneira diversificada.
Alfredo Saminanco