Falta de viatura, insuficiência de motorizadas e de pessoal técnico, bem como a fraca receita, constituem grandes dificuldades da Delegacia Regional do Comércio de Quínara, que precisa da reparação urgente de quatro das suas seis motos, tendo em conta o aproximar da campanha de caju.
Em entrevista com o delegado regional, Alfa Jaló, este indica também os problemas de edifício alugado, reclamando uma casa própria para aliviar o Estado das despesas de arrendamento, situadas na ordem de 700 mil por ano.
Tudo isso, onde se verifica fraca receita, numa zona em que os trabalhos se intensificam praticamente concentrados só em três meses. Ou seja, em períodos da campanha de caju, que vai de março a maio.
Fora dessa época, somente 55 estabelecimentos comerciais é que funcionam permanentemente na região (de junho a fevereiro), existindo ainda pequenos cacifos a operar.
Uma fonte da delegacia informou ao jornal Nô Pintcha que, no setor de Tite, fecham-se os estabelecimentos quando os inspetores se deslocam para o local, restando apenas três em funcionamento.
Confrontado com o referido cenário, Alfa Jaló confirma e lembra que uma das missões dos inspetores é de ajudar à população, pois nem todos têm o hábito de consultar o prazo de validade dos produtos.
Por outro lado, apelou ao Ministério do Comércio no sentido de apoiar com meios de transporte para melhor poder controlar a campanha de caju, que já está à porta. Pede também a reparação das motorizadas para que os inspetores possam corresponder às exigências.
A Delegacia Regional de Comércio de Quínara conta com 12 funcionários e a grande maioria recebe ordenado com fundos internos, dos 25 por cento sobre valor das receitas da região.
Ibraima Sori Baldé