Região de Bafatá necessita de mais 300 técnicos de saúde 

O setor da saúde pública da Região de Bafatá depara com a insuficiência de técnicos. O diretor regional disse que há necessidade de contratar 300 técnicos profissionais em diferentes áreas para preencherem lacunas existentes, de modo a permitir uma cobertura integral das áreas sanitárias.

Essas necessidades de recursos humanos para a área de saúde tornaram-se mais evidentes quando este Governo decidiu,, na reunião de Conselho de Ministros, suspender todo o pessoal que já vinha trabalhando nos setores da saúde e da educação em regime de contratados pela administração pública.

O Nô Pintcha esteve em Bafatá para constatar e relatar alguns assuntos que mexem com a vida pública dos cidadãos a nível da região. Na entrevista com o diretor regional da Saúde, Armindo Comando Sanhá, o responsável afirmou que algumas áreas sanitárias da região estão a ser vítimas de não cobertura sanitária dos técnicos devido à insuficiência do pessoal técnico.

“Tentámos colmatar as lacunas de ausência de profissionais de saúde através de contratação do pessoal mas ainda esse nosso esforço interno é insuficiente”, reconheceu.

Conforme Sanhá, a Região de Bafatá tem apenas 128 técnicos de saúde para a cobertura de 14 áreas sanitárias, incluído o pessoal da Direção Regional da Saúde.

Seguindo o nosso entrevistado, existem dificuldades enormes, tanto de atendimento atempado de pacientes que se deslocam aos centros de saúde, como também na deslocação dos técnicos ao encontro das comunidades.

“Não podemos deslocar técnicos para as observações médicas das comunidades mais distantes das unidades de saúde, pois, diariamente, logo de manhã, o Hospital Regional e os centros de saúde recebem grande número elevado de doentes, de maneira que torna impossível prestarmos serviços avançados, ou seja, ambulatórios”, disse.

Nesta reportagem, o diretor regional não conseguiu expor os dados da mortalidade na região devido à avaria do computador deste responsável.

Falta de ambulâncias

As áreas sanitárias de Tantan-Cossé, Contuboel, Saré Bacar, Tendinto, Gã-Turé, Gã-Carnés e Cambadju encontram-se sem ambulância para evacuação de doentes com urgência.

O diretor regional disse que a região dispõe neste momento de sete ambulâncias em funcionamento, sendo três afetadas para o Hospital Regional e as quatro outras a funcionarem em Fajonquito, Bambadinca, Cossé e Xitóle.     

A ambulância da área sanitária de Fajonquito, reparada recentemente pela Associação dos Filhos e Amigos da seção após longo tempo de avaria e ela tem feito cobertura para outras zonas fora da sua jurisdição. “Também, a única ambulância de área de Geba é forçada a cobrir a zona de Gã-mamudo”, acrescentou.

O diretor regional disse que o paludismo e as infeções respiratórias são as doenças mais frequentes na região. Em relação ao paludismo, lembrou que tem havido esforços no combate à doença, tanto da parte das autoridades nacionais como também dos parceiros internacionais, mas a enfermidade continua a ser a mais avassaladora no país.

Armindo Comando Sanhá declarou que o Hospital Regional já não consegue corresponder às exigências da saúde pública devido ao crescimento demográfico na região.

“Aquando da construção do Hospital Regional de Bafatá o número da população da região, na altura, era muito inferior ao atual, facto que mostra a necessidade de redimensionamento do espaço, dotando-o de equipamentos necessários e de quadros técnicos suficientes para corresponder às exigências”, referiu.

Comando Sanhá revelou que, hã momentos em que o hospital fica superlotado de doentes. A degradação das infra-estruturas constitui igualmente preocupação para o diretor regional.

Aliu Baldé

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