A União Europeia (UE) pondera retomar o apoio orçamental à Guiné-Bissau, suspendido desde 12 de abril de 2012, na sequência do golpe de Estado que derrubou o governo liderado por Carlos Gomes Júnior.
A revelação é da ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Carla Barbosa, em declarações à imprensa, para proceder ao balanço da missão da CEDEAO, chefiada por ela mesma à sede da União Europeia, com o objetivo de reavaliar o acordo com essa organização no domínio da segurança.
A governante informou que a UE respondeu satisfatoriamente em ajudar a CEDEAO no combate ao terrorismo, subversão às ordens constitucionais, entre outros crimes que assolam a sub-Região.
No quadro do acordo da cooperação bilateral com a Guiné-Bissau, a ministra disse que analisaram com o Alto-Comissário da União Europeia assuntos ligados ao Acordo das Pescas, sobretudo a sua implementação, se de facto as partes estão a respeitar o plasmado, bem como identificar as barreiras.
Ainda sobre as pescas, a ministra assegurou que o governo está a trabalhar em colaboração com a União Europeia, para a conclusão do laboratório nacional para emissão de certificado de pescado, além de permitir o aumento de mão-de-obra e, consequentemente, contribuir no crescimento económico.
Depois disso, a chefe da diplomacia guineense disse que aproveitou a ocasião para discutir com o seu homólogo assuntos relacionados com à suspensão do apoio orçamental ao país há 11 anos.
Segundo a governante, depois de passarem em revista esses assuntos, a União Europeia manifestou o interesse em retomar todos os projetos que tinha na Guiné-Bissau.
“Portanto, prometeram retomar apoio orçamental, porque o obstáculo era assinatura do Programa do Credito Alargado com o Fundo Monetário Internacional, apoiando os setores de saúde e das infra-estruturas”, esclareceu.
Para o efeito, realçou o envolvimento do Presidente da República na mobilização dessa organização europeia na conclusão dos trabalhos do laboratório de certificação de pescado.
Alfredo Saminanco