A greve no jornal Nô Pintcha é uma realidade a partir de hoje e durante três dias. Em causa, o Sindicato de Base do órgão elencou vários pontos no caderno reivindicativo que, entretanto, nas negociações havidas entre a Direcção do semanário e comissão negocial, as partes não chegaram ao entendimento que suspenderiam as paralisações.
Pelo que se pode constatar, o departamento da Direcção de Informação, concretamente a Redação, é o serviço mais afetado pela greve.
Nas primeiras horas da greve de hoje, constata-se a ausência total dos jornalistas afetos à Redação assim como dos técnicos da Seção de Paginação.
Os serviços mínimos no âmbito desta paralisação estão a ser respeitados pelo sindicato. Aliás, esta notícia é produzida exatamente pela equipa dos serviços mínimos.
Eis alguns dos pontos da reivindicação: retoma da produção da agenda mínima, através da Direcção da Informação e produção regular e intensiva de reportagens nas regiões do país; aumento da tiragem do jornal para o mínimo de 500 exemplares por edição; retoma urgente da circulação dos transportes do pessoal e devolução imediata da viatura à Direção de Informação; continuidade de pagamento dos subsídios aos recém-efetivados até à introdução, pelo Ministério das Finanças, dos 60% sobre seus salários; disponibilização de um milhão de francos CFA (1.000.000 xof), conforme foi acordado em assembleia-geral dos trabalhadores para a criação do Fundo Social do Nô Pintcha; esclarecer a distribuição dos sete telemóveis oferecidos ao Nô Pintcha pela Embaixada da República Popular da China, em Bissau; apresentar aos trabalhadores as contas do exercício que começa de maio de 2020 a dezembro de 2022, incluindo os financiamentos do Alto Comissariado para COVID-19 e do UNICEF, recebidos em 2021, assim como do montante disponibilizado pelo UNICEF no âmbito da campanha de vacinação contra poliomielite em 2022.
Aliu Baldé