Ministro da Agricultura promete combater fome através de lavoura na época seca

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Botché Candé, garantiu que a sua instituição vai criar condições para lavrar arroz no próximo ano, na época seca, com objetivo de diminuir a fome no país.

As garantias foram dadas pelo ministro aos órgãos da comunicação social públicos, durante uma entrevista, para fazer o balanço do ano findo e de perspectivas para o próximo.

Para traduzir essa sua ambição na prática, disse que efetuou visitas juntamente com os técnicos para fazer o levantamento de bolanhas que podem servir para a prática de agricultura na época seca.

Botché Candé disse que, durante os trabalhos de levantamento, conseguiram identificar as bolanhas que reúnem as condições para a prática agrícola no período seca, mas o maior problema está nos equipamentos para concretização dessa ambição.

O governante anunciou a chegada de dez eletrobombas em janeiro para começar com o cultivo de arroz na época seca pelo menos duas vezes por ano, porque conseguiu arroz de ciclo curto que pode ser aproveitado para o efeito, (três meses), tendo informado que conseguiu, através do seu homólogo senegalés, sementeira de arroz de curta duração, com o objetivo de facilitar e incentivar a produção.

Segundo o ministro, o mundo enfrenta crise financeira sem precedente e todos os países são convocados a redobrar esforços e consentir sacrifícios para poder responder aos desafios que são colocados. Também, foi nesse sentido que o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló lançou o desafio de reconstruir a Guiné-Bissau com recursos internos.

Entretanto, foi nessa base que estão a decorrer as obras de requalificação da cidade, de reabilitações de algumas avenidas e, essa dinâmica estendeu-se para o Ministério da Agricultura.

Prova disso, o responsável disse que há menos de três semanas em que está a frente do ministério, beneficiou de 5 mil toneladas de fertilizantes de uma empresa privada marroquina, um apoio nunca visto. A par disso, o Senegal doou 300 toneladas de adubo e, além desse apoio, também recebeu oferta de mil toneladas de arroz, 500 de amendoim (mancarra) e 250 toneladas de feijão Tudo isso para garantir a diversificação da produção agrícola.

Na mesma senda, Candé informou que recebeu apoio do governo senegalês de duas máquinas de descasque de amendoim e várias outras para descasque de arroz. E sobre a criação de animais, conseguiu 250 mil doses de vacina.

Além dos apoios bilaterais, também receberá dez eletrobombas da parte de um parceiro multilateral, com uma capacidade de 700 metros cúbicos e que chegarão ao país na primeira semana de janeiro. 

Baseando-se em todos esses apoios conseguidos, o ministro afirmou que o país dispõe de condições para fazer face aos desafios do Objetivo Sustentável do Milénio. “Eu enquanto político e membro do Governo não fico satisfeito, quando vejo a população a passar fome e séries de dificuldades. Por isso, vou despender toda a minha energia em garantir o bem-estar deste povo”, reassumiu.

Botché Candé disse que, desta vez, no Orçamento Geral de Estado, o Governo decidiu alocar ao Ministério da Agricultura, um bolo bastante maior em relação aos anos anteriores, embora não revelou o valor.

 Segundo o ministro, a intenção do executivo é de criar condições internamente para mecanizar a agricultura, isto para diminuir apoio externo.

Ao finalizar, realçou a colaboração dos técnicos pela abertura demonstrada em prol do desenvolvimento do setor agrário. Entretanto, a sua ambição é de deixar algo que nunca foi feito naquele ministério.

Alfredo Saminanco e Cadidjatu Bá (estagiária)

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