“Guiné-Bissau regrediu em termos da liberdade de expressão”

Termina hoje o seminário de capacitação às mulheres jornalistas, que decorre desde ontem, sob lema: Liberdade de imprensa e de expressão no contexto dos Direitos Humanos, organizada pela Associação das Mulheres Profissionais da Comunicação Social (AMPROCS), em parceria com Associação da Cooperação entre os Povos (ACEP), a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e a ”Mindjeres de Guiné Nô Lanta” (MIGUILAN), com o apoio da Cooperação Portuguesa e Fundação Calouste Gulbenkian.

No ato da abertura, a vice-presidente do AMPROCS, Fátima Tchuma Camará, disse que a referida organização está sempre preocupada com os seus associados sabendo que estão a lidar com um setor extremamente sensível, com o papel importante de moralizar a sociedade referindo-se aos órgãos de comunicação social.

Segundo ela, os profissionais do setor devem estar na linha de frente nessa altura em que o mundo está confrontado com muitos problemas, para fazer chegar a informação em todos cantos mundiais, principalmente no contexto da Guiné Bissau.

A mesma responsável afirmou que essa Quinzena dos Direitos Humanos está sendo comemorado num momento em que o país regrediu muito em termos da liberdade de expressão e é uma situação que interpela cada um, não só autoridades mas também os profissionais da comunicação social.

Fátima Tchuma Camará disse que, para dar volta a essa situação, é preciso conhecer e compreender a dinâmica do setor onde estamos inseridos, para mais compreensão, deve ser acompanhada com a capacitação.

Também deixou o seu apelo aos jornalistas participantes na referida formação, no sentido de aproveitarem no máximo o conhecimento do formador e fazer a restituição de todo conhecimento recebido nos seus órgãos e muito mais de que isso. Outrossim, por que tudo aquilo que tem a ver com o trabalho jornalístico, para que haja a mudança deve ter efeito no próprio destinatário, que é o público na qualidade do consumidor final.

Adelina de Barros e Cadidjatu Bá

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