Portugal anunciou esta semana um financiamento de cinco milhões de euros para o Orçamento Geral do Estado guineense, um valor a ser aplicado, nomeadamente nos setores da educação e saúde. As autoridades regozijam-se com um “apoio tão avultado”.
Os cinco milhões de euros disponibilizados por Portugal para o apoio orçamental à Guiné-Bissau chegam numa altura em que o país está envolvido em negociações para finalizar o Programa Financeiro com o Fundo Monetário Internacional.
Em declarações à RFI, reproduzidas pela Rádio Popular, o ministro das Finanças realça o impacto deste apoio no défice orçamental.
“Neste momento estamos em negociação para dar um programa financeiro com o FMI, porque já temos programa referência. Neste mês, no dia 8, vamos começar a negociação que é a última etapa deste processo para um acordo financeiro com o Fundo Monetário Internacional. Portanto, estamos num bom caminho e o apoio está a chegar numa boa turma em que pode de facto aliviar a pressão sobre o Tesouro Público, permitindo assim a redução do déficit de 6.1% para 5.7% do Produto Interno Bruto. No entanto não deverá ser superior a 1.9%. Há vários anos que o país não recebe um apoio orçamental tendo em conta a situação do país na altura com o Fundo Monetário Internacional. E neste momento estamos a receber o apoio orçamental de Portugal. Isto mostra claramente de que o país está num bom caminho.”
O apoio de cinco milhões de euros ao OGE da Guiné-Bissau vai aliviar a situação do Tesouro Público, com impacto no défice orçamental, afirma o ministro das Finanças.
Ilídio Vieira em declarações à RFI diz que o país está em negociações com o Fundo Monetário Internacional para finalizar o Programa de Facilidade de Crédito Alargado.
Para o cumprimento das recomendações do FMI, o Primeiro-ministro, depois do Presidente da República, já ordenou a redução dos seus conselheiros e assessores, mas também para o presidentes do Parlamento e do Supremo Tribunal de Justiça, bem como Procurador-Geral da República.
Ainda neste mês, a Guiné-Bissau espera receber um apoio orçamental da França, também de cinco milhões de euros, indica o Ministério das Finanças, dando sinal de retoma dos parceiros internacionais.