A Rede dos Medias Africanos para a Promoção da Saúde e Meio Ambiente (REMAPSEN) realizou, no dia 10 de abril, um seminário de capacitação para cerca de quatro dezenas de profissionais de comunicação social nos domínios da violência nas mulheres e meninas.
Durante o encontro, foram debatidos temas como o Papel do Unicef na Guiné-Bissau; Prática nefasta no país, e procedeu-se também à apresentação das resoluções do IIº Fórum REMAPSEN, realizado em Dakar (Senegal), sobre respeito aos direitos humanos.
No ato da abertura dos trabalhos, o ministro da Saúde Pública considerou o encontro de grande relevância e potencial para reforçar as estratégias do governo na promoção de saúde, do ambiente e dos direitos humanos.
Pedro Tipote afirmou que o papel dos jornalistas em qualquer parte do mundo, não se limita a recolha ou tratamento e difusão de conteúdos informativos.
“Os programas de sensibilização sobre temáticas específicas e participação dos profissionais de comunicação social na conceção de estratégias de visibilidade para políticas públicas, em determinado domínio, são também contributo de grande valor”, declarou.
Por seu turno, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) afirmou que, neste momento, o sistema de saúde encontra-se num estado “disfuncional e de improviso”, porque os sucessivos governos nunca investiram devidamente para o funcionamento deste setor.
Por outro lado, Bubacar Turé disse que as infraestruturas hospitalares do país estão num estado de ruína total e outros que ainda resistem ameaçam a vida dos utentes e dos próprios profissionais que labutam diariamente no sistema sanitário.
Entretanto, falando no ato do encerramento do seminário, a presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas à Saúde de Mulher e Criança afirmou que a REMAPSEN-GB é uma organização de grande impacto não só nacional, assim como sub-regional.
Por outro lado, Marliatu Djaló disse que os jornalistas podem trazer mudanças de forma positiva. Segundo ela, quando falamos de direitos humanos e práticas nefastas, a comunicação social tem capacidade de trabalhar para o seu respeito e os males podem ser eliminados.
Por sua vez, o coordenador nacional da REMAPSEN apelou aos seminaristas para pôr na prática tudo o que foi debatido durante o encontro, principalmente o direito humano e a prática nefasta, tendo recomendado aos jornalistas espalhar essas informações para todo o território nacional.
De acordo com Sabino Santos, os profissionais devem saber como é que o Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas, Liga Guineense dos Direitos Humanos e o Unicef utilizam poderes tradicionais para os sensibilizar sobre boas práticas, que as comunidades reclamam.
“Esse senso de investigação jornalística, às vezes incomoda às fontes, mas isso não impede os jornalistas de insistirem”, refere.
Em nome dos seminaristas, Aissatu Sidibé prometeu que tudo o que foi adquirido será aplicado na prática e aproveitou a ocasião para pedir a REMAPSEN a promover mais formações aos profissionais da classe para estarem munidos de mais conhecimentos na área.
Fulgêncio Mendes Borges