A Embaixada da República Popular da China reagiu à situação de tensão que se vive na Região de Taiwan, acusando os Estados Unidos da América (EUA) e as forças separatistas taiwanesas de serem principais provocadores dessa agitação.
Na sequência dessa crise, o conselheiro político da Embaixada, Li Feng, avisou em conferência de imprensa, no dia 4 do mês corrente, que “quem brinca com o fogo acaba por se queimar”.
A tensão no Taiwan agudizou-se quando a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, visitou no dia 2 do mês em curso a região taiwanesa da China, visita essa considerada pelos chineses de uma violação severa do princípio de «Uma só China» e as estipulações dos três comunicados conjuntos emitidos pela China e EUA.
Li Feng afirmou que no mundo existe uma só China, e Taiwan é uma parte inalienável do território chinês, sendo que o governo chinês é o único com legitimidade para representar a China.
O diplomata lembrou que a Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1971 reconheceu que há uma só China desde a sua fundação em 1949.
Feng referiu que 181 países, incluindo a Guiné-Bissau, estabeleceram relações diplomáticas com a China com base no princípio de “Uma Só China”, que é também de consenso geral da comunidade internacional.
“A questão de Taiwan é central mais importante e sensível nas relações entre China e os EUA. Pois aquele estreito está enfrentando uma nova rodada de tenções e desafios severos, e a razão fundamental reside na alteração da repetida do status quo pelas autoridades taiwanesas e EUA”, lê-se numa nota distribuída aos jornalistas.
No entendimento das autoridades chinesas, os EUA mantêm a intenção de usar Taiwan para conter a China, acusando-os de estarem a esvaziar o princípio de “Uma Só China” e intensificam intercâmbios oficiais com Taiwan.
Por outro lado, Li Feng acusa os norte-americanos de serem maiores destruidores da paz no mundo. Anunciou que a China não vai recuar nenhum espaço nas suas movimentações militares na zona, tendo afirmado que a posição do povo e do governo chinês em relação ao Taiwan consiste na defesa da soberania e de integridade territorial, aliás, é a vontade de um bilhão e 400 milhões de chineses.
Entretanto, a tensão que se vive na Região de Taiwan atingiu o nível relativamente alto em 40 anos desde que se instalou essa crise.
Aliu Baldé