A falta de plano urbanístico e de ordenamento do território constituem fatores de entrave à implantação de grandes projetos de desenvolvimento do Setor de Quinhamel, principalmente no que se refere às infraestruturas.
A observação foi feita recentemente pelo administrador que, perante a situação, diz terem solicitado à Direção-Geral do Cadastro e Urbanização para a conceção desses instrumentos fundamentais para impulsionar o desenvolvimento da zona. Por isso, tomaram a decisão de suspender o acordo de partilha, para evitar a venda descontrolada de terrenos, que, muitas vezes, resulta em conflitos.
Aldo José Lima Informou que, apesar de falta de meios, estão a trabalhar para obtenção desses instrumentos indispensáveis no processo de desenvolvimento do setor. “Acredito que com plano urbanístico e de ordenamento, Quinhamel estará à altura dos desafios do desenvolvimento”.
Disse que o seu objetivo é voltar a instalar-se na sede da administração, em Ondam, mas devido ao estado de degradação em que se encontra o edifício, a administração setorial tem funcionado na sede regional.
Segundo aquele responsável, já estão a mobilizar fundos para a reabilitação dos edifícios que estão totalmente degradados, isto para conferir os serviços setoriais uma certa confidencialidade.
Em relação à segurança, o administrador assegurou que é urgente a criação de condições mínimas, tendo em vista o aproximar do período de campanha de caju.
De acordo com as suas palavras, é o período em que se regista o aumento de conflito de posse de terra, e é neste momento que a situação deve ser precavida. “Há um problema pendente em duas localidades, caso não forem resolvidos a tempo, podem desembocar no conflito sangrento”.
Disse que a intenção da administração é colocar um posto avançado de polícia nessas localidades, para evitar o pior. No seu entender, o Estado não deve permitir que o conflito de posse de terra continue a ganhar força como tem acontecido nos últimos anos.
Educação e saúde
O administrador informou que o setor só tem uma escola de formação, que é a Unidade 17 de Fevereiro, mas com alguns pavilhões degradados, pelo que é urgente fazer uma intervenção pontual, caso contrário podem deteriorar-se.
Por outro lado, Aldo Lima disse que a situação em que se encontra aqueles pavilhões constitui ameaça a integridade de professores e alunos. Segundo ele, neste momento a administração e a direção da referida escola estão a trabalhar na mobilização de fundos para sua reabilitação.
Ainda no âmbito de formação, aquele responsável salientou que estão a entabular contactos para restabelecer a parceria com a Câmara Municipal de Oeiras, edilidade que tem acordo de germinação com Região de Biombo, onde os melhores alunos que concluíram 12º ano e os que saíram da escola de formação podem beneficiar de bolsa de estudo.
No capítulo de saúde, Aldo José Lima disse que o setor tem três centros, tendo o maior problema residido na falta de técnicos e condições de trabalho.
Alfredo Saminanco