O país está a beira de fazer história, mais uma vez no futebol. A Seleção nacional feminina sénior joga amanhã, dia 16, no Estádio Nacional 24 de Setembro, a primeira mão de dois confrontos com o congénere do Burquina Faso.
A partida enquadra-se na eliminatória para o Campeonato Africano das Nações (CAN) que decorre em junho, nos Marrocos.
O ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Augusto Mendes, visitou hoje as atletas que se encontram em estágio num dos hotéis da capital, transmitindo a força anímica às jogadoras e equipa técnica, comandada por Romão dos Santos.
Em declarações aos jornalistas, o governante fez apelo aos guineenses, iniciando pelo Presidente da República até ao simples cidadão, que se mobilizem massivamente ao Estádio para apoiar as Djurtus na sua luta para o feito histórico e inédito.
O selecionador da equipa nacional feminina, Romão dos Santos, lamentou a falta de apoios por parte das autoridades políticas e desportivas durante a preparação da Seleção.
“Sabemos das dificuldades que o país enfrenta, mas pelo menos a Seleção feminina sénior merece, no mínimo, 50 por cento dos investimentos despendidos na equipa nacional sénior masculina, mas o abandono é total. Contudo, fazemos fê nas promessas feitas”, esperançou Romão dos Santos.
O técnico revelou que passou dias em que as meninas se recusavam a treinar devido à falta de condições, mas disse que sempre insistiu em incutir na mente das atletas de que qualificar-se ao CAN e fazer a história inédita é o mais importante de que qualquer outro benefício material e assim conseguiu acalmar as “revoltas”.
Entretanto, no treino de ontem, dia 14, o presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Carlos Alberto Teixeira, esteve no campo e, no final, manteve encontro à porta fechada com as jogadoras.
Segundo informações apuradas, Teixeira prometeu pagar as dívidas contraídas com a Seleção feminina.
Aliu Baldé