O Governo assegurou, no final da semana, que não existe qualquer intensão de caça às bruxas ou de penalização de pessoas inocentes. Mas existem factos, provas e depoimentos que coincidem com as provas materiais recolhidas pela investigação.
Segundo um comunicado distribuído à imprensa, as ligações dos autores materiais do atentado a certas personalidades também estão objetivamente sustentadas por provas contundentes e irrefutáveis. O planeamento da operação terrorista, o modus operandi e os objetivos preconizados, dos quais o grupo terrorista atacante estava incumbido, estão a ser relatados pelos intervenientes já sob custódia das autoridades.
As provas materiais recolhidas pela comissão de inquérito e que serão remetidas ao Ministério Público, demonstrarão que são bastantes irrefutáveis.
“Decorridos três dias após o bárbaro atentado terrorista, a comissão de inquérito está na posse de um vasto conjunto de elementos materiais que deixam clara a intensão dos autores materiais e morais e também já se sabe quais seriam os passos a seguir caso este ato bárbaro, primário, alimentado pela cultura de ódio e da vingança tivesse surtido resultado desejado pelos seus mentores”, garantiu.
Afirma que, organizações como Nações Unidas, União Africana, CEDEAO e muitos países no mundo, não se posicionam face a um golpe de Estado de ânimo leve e de forma irresponsável, como pretendem fazer crer certos setores políticos.
Demonstra que após ao tentativa do golpe de Estado, tem-se assistido uma atividade frenética de certos setores políticos nacionais em demonstrar o quanto o acontecimento de 1 de fevereiro não passou de uma encenação.
De acordo com o comunicado, há setores políticos que no decorrer da tentativa da sublevação usaram os seus meios de informação para se congratularem, festejarem e cantarem vitória, para além de lamentável e de total irresponsabilidade.
Depois do fracassado acontecimento, rapidamente os referidos setores políticos mudaram de estratégia, usando e abusando do lobby instalado em certos órgãos de comunicação social.
“Esses setores políticos internos semeiam inverdades, suscitam dúvidas e desesperadamente pretendem reduzir as declarações proferidas pelo Chefe de Estado”.
Considera o recente episódio de um ignóbil atentado terrorista perpetrado contra o Estado da Guiné-Bissau, tudo com o propósito de eliminar fisicamente o Presidente da República, Primeiro-ministro e os membros do Governo reunidos na altura em Conselho de Ministros.
O comunicado assegura que o que se assiste hoje em certos órgãos de comunicação social estrangeiros é uma tentativa de branqueamento de um golpe violento, visando a decapitação do Estado guineense com recurso a pessoas envolvidas em narcotráfico e a contratação de mercenários,
“Após o falhanço do golpe, assiste-se agora a uma tentativa de ridicularização da dramática situação, exigindo-se explicações e fazendo crer, de forma hilariante, que o tiroteio resultou de um desentendimento entre os Chefes de Estado e de Governo”, consta no documento.
Salienta que, ainda no decurso do tiroteio, esse mesmo setor político e os jornais estrangeiros que habitualmente o reproduzem como caixa de ressonância, dando como morto o Presidente da República. Pois, era esse o plano delineado pelos mentores do golpe. Contudo, não contaram com a capacidade de resistência dos seguranças que se encontravam dentro do Palácio do Governo.
De acordo com o comunicado, felizmente, o golpe não se consumou e personalidades estrangeiras acreditadas no país presentes em reuniões nos ministérios, puderam testemunhar os acontecimentos e, por isso, não se conformam com as atitudes recorrentes daqueles que hoje tentam inventar cenários hilariantes para desviar atenção.
Julciano Baldé