Antigos combatentes exigem pensão mensal de 300 mil francos

A Associação dos Combatentes da Liberdade da Pátria quer que o valor mínimo de pensão mensal para os guerrilheiros da luta da independência seja de 300 mil francos CFA, em detrimento daquele que consideram de “insignificante”, fixado em 110 mil francos CFA e que foi aprovado pela Assembleia Nacional Popular para o ano económico de 2022.

A intenção foi manifestada ontem, numa reunião tida com o secretário de Estado dos Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria, que antecipou e travou a realização de uma marcha reivindicativa, convocada para exigir o aumento da pensão.

Na ocasião, o governante defendeu que o assunto dos combatentes da liberdade da pátria deve ser assumido pelo Estado.  

“O Estado deve assumir o problema dos antigos combatentes, como forma de libertá-los de jogos políticos” frisou Augusto Nhaga.

Ele enfatizou que os combatentes são “património” da Guiné-Bissau e mostrou total abertura em dialogar com eles.

Segundo o secretário de Estado dos Antigos Combatentes, os desafios para superar os problemas de combatentes devem passar pela realização de uma conferência nacional que permite debater a sua situação.

A propósito, pediu aos combatentes para darem oportunidade ao atual executivo, tendo em consideração a solução que está a ser procurado.

Nesta ordem de ideias, Nhaga explicou que a pensão mínima aprovada na ANP teve um estudo de viabilidade e o governo estará em condições de honrar o cumprimento. 

Por sua vez, Lourenço da Costa, vice-presidente da Associação dos Antigos Combatentes, visivelmente indignado, disse que o valor de 300 mil seria o mínimo que correspondia o início de pensão, por tudo que passaram desde mato e até à era atual.

O vice-presidente deixou um ultimato ao representante do Governo, alertando que caso não começarem a receber o valor de 110 mil francos CFA até 23 de Janeiro, promoverão uma marcha precisamente na data em que se comemora o Dia dos Antigos Combatentes.   “O dinheiro aprovado na ANP é insignificante, comparativamente ao que os governantes e parlamentares recebem”, frisou.

De salientar que em perspetiva, o Governo prevê a subida do montante de acordo com o rendimento do ano económico, passando para 130 mil francos CFA em 2023 e 150 mil francos, em 2024, respetivamente. 

Nelinho N´Tanhá

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