Membros do Grupo de Trabalho sobre Mulheres e Jovens tomam posse

O Grupo de Trabalho sobre Mulheres, Juventude, Paz e Segurança na África Ocidental e no Sahel (GTFJPS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), realizou nos dias 21 e 22 do corrente mês, a primeira Assembleia-Geral, na qual foram empossados os novos membros de direção.

O objetivo visa investir na capacitação das gerações, assegurar o futuro e projetar o desenvolvimento inclusivo e sustentável do país.

Em representação da ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, o encerramento do evento foi presidido pela presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), Florença Dabó, que na ocasião parabenizou as participantes da assembleia-geral, justificando que conseguiram validar o regulamento do código de conduta do grupo de trabalho e realizaram as eleições dos órgãos sociais das mulheres, jovens, justiça, paz e segurança na Guiné-Bissau.

Segundo Dabó, com esta visão do grupo que alinha a Agenda 2030 poderá se ter uma sociedade igualitária, onde os homens, as mulheres e jovens têm os mesmos direitos e oportunidades para participar em todos os aspetos da vida nacional, num ambiente de paz, justiça e bem-estar para todos.

A recém-eleita presidente do Grupo de Trabalho sobre Mulheres, Juventude, Paz e Segurança na África Ocidental e no Sahel, Antena na Guiné-Bissau, Catarina Viegas Jao disse aos participantes vindas das diferentes regiões do país que os objetivos, são em primeiro lugar, de promoção, de implementação da Resolução 1325 e 2250 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre Mulheres, Juventude, Paz e Segurança bem como instrumentos sub-regionais e regionais de prevenção de conflitos a nível da CEDEAO e a arquitetura de paz e segurança da União Africana.

Catarina Viegas Jao disse que vai contribuir para o acompanhamento da implementação da Resolução 1325 e 2250 e resoluções conexas na Guiné-Bissau e assegurar a visibilidade das ações realizadas no país sobre o envolvimento das mulheres e dos jovens nos processos de paz e segurança.

Conforme as suas palavras, este grupo pretende trabalhar para envolver as mulheres e jovens nos processos de negociação, mediação e elevar o número de mulheres e jovens nas esferas de tomada de decisão.

No seu entendimento, a sua missão é de facilitar uma abordagem partilhada e coordenada para a implementação das Resoluções 1325, 1820 e 2250 no país, fazer advocacia junto do Governo para facilitar a sua aplicação.

No ato da abertura da assembleia geral, a coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Mulheres, Juventude, Paz e Segurança na Guiné-Bissau da CEDEAO, Denise Indeque dos Santos declarou que não será possível equacionar e encontrar soluções para os complexos problemas da paz e estabilidade em África, no espaço da CEDEAO e em particular sem envolvimento das mulheres e dos jovens.

Na sua intervenção, Denise Indeque salientou que ao nível do continente, as aspirações africanas expressas na Agenda 2063 refletem o desejo de ter uma África Pacífica e Segura. “É nossa convicção apostar no potencial das Mulheres e da juventude para alcançar a prosperidade e o bem-estar de todos”. 

“Não há motivos para se continuar a ignorar os contributos indispensáveis das mulheres e jovens nos processos de resolução de conflitos e manutenção da paz uma vez que são eles os mais afetados”, acrescentou Denise dos Santos.

A coordenadora do grupo sustentou que a própria demografia vai nesse sentido quando se verifica que 65 por cento da população tem, em média 35 anos ou 40 por cento tem a idade compreendida entre os 15 e 30 anos.

Por sua vez, a presidente do Grupo de Trabalho de Cabo-Verde, Maria Vicente Fernandes, frisou que o seu país ainda está na fase inicial da criação do grupo de trabalho 1325 e conta com a colaboração da Guiné-Bissau.

Maria Fernandes informou que o seu país não tem conflito político e nem armado, mas tem outro que é a violência baseado no género juvenil, o que é preciso travar para que se possa viver harmoniosamente e em solidariedade.

Adelina Pereira de Barros

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