Unidos na construção de uma Guiné-Bissau estável e próspera

Sob o signo desse lema que o país se mobilizou e festejou o dia da independência e comemorou o dia das Forças Armadas

Este ano, como se viu, o dia da Independência Nacional e o Dia das Forças Armadas comemoram-se simultaneamente em circunstâncias especiais.

Estes acontecimentos foram marcados com a inauguração de avenidas que ostentam nomes de personalidades ímpares que se inscreveram na história brilhante do nosso país. Tratam-se de João Bernardo Vieira, Malam Bacai Sanhá e Rafael Barbosa.

Comemorar o dia das Forças Armadas e festejar o dia da liberdade foi um momento de alegria, de júbilo mas também de reencontro e do reforço da nossa identidade genuína de guineendade.

Alguns slogans vinham com dizeres tais como: a Guiné-Bissau enaltece os esforços dos seus dignos filhos e as FARP ao lado do povo na garantia da paz e progresso.

 Desde 24 de Setembro do longínquo ano de 1973 que o nosso país tornou-se um estado autónomo, que decide por si e que tem total independência para cuidar de todas as coisas que acontecem nos limites geográficos das suas fronteiras, com a sua bandeira a flutuar na sede das Nações Unidas, em Nova Yorque, na sede da União Africana em Adis-a-Abeba, Etiópia, na sede da CEDEAO, em Abuja, Nigéria e, finalmente, na sede da UEMOA, da nossa comunidade monetária, na capital burquinabê, Ouagadougou.

O valor e significado dessa independência reporta-nos que a potência colonizadora deixou de intervir em nosso nome nesses palcos internacionais.

Desde então, definitivamente pensamos com as nossas cabeças e andamos com os nossos pés, condição sine quo non para uma nação poder crescer social e economicamente.

Esta festa de hoje conta com honrosas presenças dos chefes de estado do Senegal, da libéria, do primeiro-ministro da transição da vizinha República da Guiné Conacri e do Ministro da Defesa do Gana, do ministro de Mauritânia e do Chefe de estado-maior general das Forças Armadas portuguesas.

As festividades aconteceram em todo o país, mas o palco central foi no sagrado estádio 24 de setembro, em Bissau.

O país que é a nossa casa comum esteve em festa. Celebramos o dia das Forças Armadas, sempre em defesa da integridade territorial e associámo-la às festividades da independência.

Volvidos 48 anos, a Guiné -Bissau aparentava, na era colonial, civilidade, progresso, limpo, organizado, com estradas asfaltadas e comércio estruturado. Hoje em dia, o país revela uma certa regressão. Parece que um elefante entrou numa loja de procelas e destruiu tudo a sua frente.

Esses senhores ou camaradas, como queiram, arruinaram sem dó e nem piedade a Suíça de África. Se viajarmos no tempo e revisitarmos hoje a Guiné antes da independência, nas redes sociais, verificaremos exatamente isso uma regressão profunda e uma sucessão de desmoronamento das suas infraestruturas de uma forma inacreditável.

Mas estas contas são para um outro rosário.

A Guiné Bissau estava no chão a obedecer ordens inacreditáveis de organizações continentais e sub-regionais, mas tudo acabou com a tomada de posse do General Sissoco Embaló em Fevereiro de 2020. Quanto mais te agachas, mais te põem o pé em cima.

Entretanto, encoraja os guineenses, a iniciativa do Presidente da República de fazer voltar a Guiné-Bissau ao concerto das Nações em busca de uma solidariedade internacional mais assertiva e dinâmica, rumo ao desenvolvimento.

General Sissoco Embaló está a lançar as bases para uma cooperação mais séria com os parceiros-chave e demais outros, abrir as portas do plano diplomático e económico em todos os quadrantes do Planeta, combater a corrupção sem tréguas e lutar para que haja paz duradoira, tranquilidade e estabilidade nacional devem ser desígnios a serem seguidos por cada cidadão, esteja ele onde estiver. Santos da casa não fazem milagres porque há ainda guineenses que não se lembram como o nosso país era humilhado na mandjuandade de CEDEAO.

O jornal Nô Pintcha direciona-se nesse sentido, fazendo cumprir assumidamente as diretrizes traçadas pelo Estado, dando ao cidadão comum e não só, a esperança de viver um futuro próspero.

Abduramane Djaló

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