Aeroporto de Bissau dispõe de novo dispositivo de segurança aérea

O Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira dispõe de novo radar, um dispositivo que emite ondas de frequências muito elevada, em pulsos de duração extremamente curta, capaz de medir o intervalo de tempo entre a transmissão do pulso e a recepção do eco.

Este novo instrumento de segurança aeronáutica foi instalada pela Agência para a Navegação Aérea em África e Madagáscar (ASECNA), no âmbito da sua missão no país.

Numa comunicação conjunta, realizada no dia 8 do mês em curso, na sede dessa instituição, entre presidente do Conselho de Administração da Autoridade de Aviação Civil e o representante da ASECNA, para informar aos cidadãos sobre as novas medidas de segurança, Marcos Galina disse que o novo método de trabalho visa dar aos aviões ganhos em termos de itinerários, permitindo assim a poupança no consumo de combustível e, consequentemente, a redução de emissão de dióxido de carbono (CO2), fluida do tráfico no volume de espaço concedido.

Na sua comunicação, aquele responsável disse que o dispositivo é uma nova geração de radar, que contém variadíssimas funcionalidades, com capacidade de cobrir a integridade do território nacional, incluindo as Ilhas dos Bijagós.

Marcos Galina informou que o transponder (um dispositivo de comunicação electrónico complementar de automação e cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente). Esse é um instrumento dentro do avião, que permite exibir no ecrã os dados úteis como altitude, velocidade, posição geográfica, entre outros.

“Esse instrumento faculta instruções e orientações ao supervisionador, tendo em consideração o tráfico sob sua jurisdição, em conformidade com altitude mínimo da segurança predefinida”, explica Galina.

Disse ainda que se sentiu satisfeito com os trabalhos feitos pela sua instituição, principalmente na aquisição dos novos equipamentos de comunicação e de supervisão, neste caso o radar, organização dos estudos de segurança, uma transição segura e com nível de segurança aceitável, bem como da aceitação dos estudos de segurança pelas autoridades de aviação civil.

Além dessas ações levadas a cabo, também realizaram a formação de capacitação para os supervisionadores da circulação aérea e dos técnicos de manutenção, da concepção do mapa de altitudes mínimas de guias radar, configuração de banco de dados de sistemas e de supervisão de tratamento de dados do voo topsky e a elaboração dos procedimentos da exploração.

O representante da ASECNA agradeceu as autoridades guineenses pelo apoio prestado, “o que permitiu o sucesso deste projeto.

Integração na lista de centros operacionais

O presidente do Conselho de Administração da Autoridade de Aviação Civil, Caramó Camará, disse que os trabalhos desenvolvidos pela ASECNA permitiram a integração da Guiné-Bissau na lista de centros operacionais dessa organização internacional e da sua mudança para a orientação por radar.

Com a entrada em vigor de radar, o centro de Bissau saiu de controlo de procedimentos para novos serviços de assistência e orientação. Este facto, segundo Caramó Camará, centra-se na atribuição de posições específicas, na gestão do tráfego aéreo, com base na visualização do tráfego fornecido pelo radar.

Por isso, este novo método de controlo irá permitir a redução de normas de separação horizontal entre as aeronaves e, por outro lado, permitirá a coordenação com outros centros de controlo vizinhos, onde o controlador do centro de Bissau irá dispor no seu ecrã, todas as informações referentes à evolução das aeronaves em tempo real no seu espaço aéreo.

Com entrada em funcionamento desse instrumento, facilita a comunicação, indicando o tipo de aeronave, direção, velocidade, menos consumo de combustível e evita as colisões.

Caramó Camará mostrou as vantagens que isso pode trazer ao país, como por exemplo, o aumento da capacidade do espaço aéreo, redução da emissão do dióxido de carbono (CO2) e minoração de impacto em termos de custos operacionais.

“Na qualidade do presidente do Conselho de Administração da Autoridade de Aviação Civil agradeço a representação da ASECNA pela melhoria de performance técnica e da gestão segura do tráfego no país, bem como a qualificação dos quadros técnicos, e exorto para o bom uso desse novo sistema de orientação por radar”, concluiu.

Elci Pereira Dias e Alfredo Saminanco

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