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Administrador de Bafatá pede transporte para evacuação de lixo

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O administrador do Setor de Bafatá, Bubacar Candé, queixa-se da falta de materiais adequados, sobretudo de veículos, para a recolha, tratamento e evacuação de lixo na cidade.   

Em entrevista exclusiva ao jornal Nô Pintcha, Bubacar Candé disse que a Administração local conta, com efeito, com o apoio de pessoas de boa vontade que ajudam neste sentido, emprestando os seus carros e as autoridades garantem combustível para fazer os trabalhos.

Aproveitou a ocasião para agradecer a essas personalidades, convidando outros a seguirem o exemplo, com vista acabar com lixo em Bafatá, coisa que vem acontecendo aos poucos.

“Paulatinamente, estamos a auscultar as pessoas e sensibilizá-las sobre a difícil situação em que se encontra o setor”, contou, apelando à colaboração de todos, principalmente dos órgãos de comunicação social comunitários, na sensibilização da população sobre o tratamento de lixo.

“A falta de saber relacionar-se com o lixo até faz parecer sabotagem, porque as pessoas produzem sujidade e não sabem como organizá-la, nem o perigo que pode causar à saúde”, admitiu, adiantando que há bares de comida muito próximos dos locais de vazamento de lixos.

Segundo aquele responsável, aquando da sua entrada em funções, há cerca de seis meses, encontrou “toneladas de lixo em toda a parte”, mas hoje, tudo foi evacuado, “graças à boa colaboração” entre o governador da Região, administrador do setor e algumas personalidades.

“Estamos a seguir à letra todas as orientações vindas do governador regional, na qualidade de autoridade máxima da zona”, confessou.

Apelo à CMB

O administrador do setor diz não ter dúvidas que, relativamente ao saneamento básico, Bafatá é uma região modelo, tanto assim que “mesmo os opositores do regime” confirmam tal facto.

Foi por isso que apelou à Câmara Municipal de Bissau (CMB) a prestar o seu apoio às autoridades da Região de Bafatá, nem que seja com um “carro velho”, com vista a lutar contra a concentração de lixo, sobretudo na cidade natalícia de Amílcar Lopes Cabral. Isto, porque daqui a pouco, vai-se entrar na época das chuvas, momento em que a situação costuma piorar.

No entanto, Bubacar Candé implora às empresas produtoras de água em sacos plásticos a contribuírem, pelo menos com tanques de lixo, para atenuar os problemas, já que aqueles saquinhos constituem grande parte de sujidade produzida naquela cidade leste.

Nesta entrevista, o administrador do setor falou também do atual momento da cidade, marcado pelas obras de requalificação das principais vias, tendo apelado à colaboração de toda a população para o bem desta e da futura geração. Sobre este assunto em particular, o Nô Pintcha promete trazer mais desenvolvimento nas próximas edições. 

Por outro lado, Bubacar Candé referiu às dificuldades no pagamento de pessoal contratado (há muitos anos sem vinculo com o Estado) afeto ao Comité de Estado do setor, além de outras despesas, lembrando que é através das receitas internas, resultantes da cobrança de pequenas taxas, que atendem algumas necessidades básicas.

A este respeito, lembrou que os fundos provenientes dessas cobranças são divididos em três partes, nomeadamente, 50 por cento vai para a região, 12,5% para o Ministério da Administração Territorial e do Poder Local, sendo que os restantes 37,5% ficam para a administração setorial.

Segundo o censo demográfico de 2009, o setor de Bafatá possuía uma população de cerca de 69 mil habitantes,  sendo que mais de 28 mil dos quais vivem na zona urbana da cidade, distribuídos numa área territorial de 837 quilómetros quadrados.  Com tais números, é a terceira mais populosa cidade do país, superada somente por Bissau e Gabu.

Ibraima Sori Baldé

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