Chefe de Estado quer setor privado robusto para diminuir a taxa de desemprego juvenil

O Presidente da República considerou de importante o papel do setor privado no desenvolvimento do país e no combate ao desemprego juvenil. Umaro Sissoco Embaló fez esta apreciação na cerimónia de abertura da 2ª reunião do Bureau da Câmara Consular Regional da União Económica e Monetária Oeste Africana (CCR UEMOA), que decorre de 29 a 30 do mês em curso, num dos hotéis da capital.

O Chefe de Estado disse que se a Guiné-Bissau tivesse um setor privado robusto, o problema do emprego juvenil estaria resolvido, como acontece no Senegal e nos outros países da união.

Para isso, segundo ele, é chegado o momento de Estado adaptar-se à realidade desses países. “Devemos dar assistência financeira e técnica ao setor privado nacional, mas para isso, precisamos de ter empresários sérios com empresas credíveis”, advertiu.

Enquanto Presidente mais jovem a nível da UEMOA, disse que vai incentivar a juventude a uma reflexão profunda sobre o seu futuro.

Dinamização empresarial

Por sua vez, o presidente em exercício da Câmara do Comércio Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS), Mama Samba Embaló, disse que a realização da reunião prova a participação da sua organização desde início do mandato da CCR UEMOA que sempre deu contributo importante na dinamização empresarial da zona.

Assegurou que a CCIAS contribuiu na transformação da comunidade sub-regional, numa comunidade económica cada vez mais cooperativa, forte e coesa, contando sempre com a disponibilidade do Governo e da sociedade civil.

Assim, apelou ao Estado guineense, no sentido de devolver ao setor privado os seus legítimos direitos aprovados pela Cimeira dos chefes de Estado e de Governo o regresso das instituições e entidades nacionais à tutela da CCIAS em conformidade com as normas da UEMOE e da CEDEAO. 

 Por fim, o presidente da CCR UEMOA, Daouda Coulibaly, disse que durante dois dias vão fazer o ponto de situação sobre a implementação das recomendações da reunião anterior; apreciar os trabalhos das comissões técnicas e had-hoc; passar em revista o plano de atividades do segundo semestre de 2021; examinar a situação das finanças e evocar um projeto integrante.
“As três problemáticas de interesse coletivo e comunitária, sobre as quais decidimos trabalhar no período de 2021-2024 são: a transformação estrutural das economias da união pela industrialização; inovação e a participação ativa nos canais de valores regionais; o melhoramento da competitividade geral das economias da união e a resiliência operacional das empresas do espaço comunitário; o desenvolvimento do empresariado, nos seus aspetos de ambiente de negócios, financiamento das pequenas e médias empresas”, informou.
Assegurou que atores económicos da UEMOA estão decididos em agir juntos e de maneira coerente, em sinergia com a Comissão da UEMOA, a favor da competitividade e a resiliência das economias e das empresas do espaço económico.
A concluir, Daouda Coulibaly pediu ao Presidente da República para que seja o porta-voz do setor privado comunitário junto dos seus pares, no quadro das conferências estatutárias dos Chefes de Estado e de Governo da união.
Alfredo Saminanco 
 

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