Morreu Jorge Sampaio

O antigo Presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio, morreu esta sexta-feira aos 81 anos, disse à agência Lusa fonte da família.

O ex-chefe de Estado português estava internado desde dia 27 de agosto no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, com dificuldades respiratórias.

Jorge Sampaio foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006.

Informações avançadas pela SIC indicam que Sampaio estava de férias com a família no Algarve quando teve de ser internado no Hospital de Portimão, tendo depois sido transferido para o Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, onde era acompanhado.

Alguns dados biográficos de Sampaio

Jorge Fernando Branco de Sampaio aderiu ao PS em 1978 e chegou a líder do partido em 1989. Na mesma altura, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido reeleito em 1993.

Jorge Sampaio foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1996 e 2006.

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado, em 2006, enviado especial para a Luta contra a Tuberculose pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre 2007 e 2013, foi o alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Jorge Sampaio presidia atualmente à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, que o próprio fundou em 2013, com o objetivo de contribuir para a resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens para trás e sem acesso à educação.

Jorge Sampaio desempenhou, ao logo da sua vida, os mais altos cargos políticos no país.

Iniciou o seu percurso, ainda estudante, como um dos protagonistas, na Universidade de Lisboa, da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974.

Homem de esquerda e advogado de formação, defendeu casos célebres, como a defesa dos réus do assalto ao Quartel de Beja, o caso da `Capela do Rato’, em que foram presas dezenas de pessoas que protestaram contra a guerra colonial.

Depois do 25 de Abril de 1974, militou em formações de esquerda, como o MES, onde se cruzou com Ferro Rodrigues, ex-líder do PS atual presidente do parlamento, e só aderiu ao partido fundado por Mário Soares em 1978.

Mais tarde, foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

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