Início Non classé Retunda do Aeroporto transformado num local de entretenimento e prática desportiva

Retunda do Aeroporto transformado num local de entretenimento e prática desportiva

48
0

A rotunda do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, sita na Avenida João Bernardo Vieira, transformou-se num espaço multiuso para os moradores dos bairros arredores, assim como de outros mais distantes.

Atualmente, o local, com retoques já feitos, é usado para várias atividades recreativas, tais como a prática de desporto, entretenimento, terapia, pequenas atividades comerciais, estudos académicos, entre outros.

No período diurno, a partir das 15 horas, o espaço é transformado num autêntico centro de ginásio para os amantes de desporto, e para as pessoas com problemas de saúde, que diariamente utilizam esse local para atividades desportivas.

Segundos utilizadores, o lugar oferece mínimas condições para prática de desporto, mesmo que seja praticado de uma forma empírica, mas ajuda na manutenção do corpo e na prevenção de várias doenças.  

Em tempos passados, aquela retunda não despertava interesse nem para simples lazer muito menos para a prática de qualquer atividade, devido ao estado de abandona em que estava votada. Sem exagero, o local era tida como um vazadouro e centro de insalubridade, que até dava nojo.

No período da noite, a rotunda torna-se um centro de diversão, uma autentica Las Vegas (como muitos apelidam), repleta de pessoas de diferentes faixa-etária.

Opinião de utentes

Entretanto, satisfeito com a aspeto que o local agora apresenta, Mexine Elisandro Chances Semedo disse a nossa reportagem que vai à rotunda para praticar desporto, devido aos problemas de saúde.

“Sou obeso, então para manter fisicamente saudável, tenho que estar frequentemente a exercitar, porque a qualquer momento essa situação pode refletir na minha saúde”, declarou.

Assim, apelou à Câmara Municipal de Bissau (CMB), no sentido de colocar materiais desportivos no local, para ajudar na prática desportiva. Segundo ele, com equipamentos, o lugar torna-se mais atrativo, permitindo a prática de exercícios dentro dos padrões.

No ponto de vista desse cidadão, os guineenses andam com problema de saúde grave, e as autoridades sanitárias não têm condições de fazer face à situação, pelo que cada um deve prevenir a sua maneira.

“Comemos mal, dormimos mal e o mais lamentável de tudo é que estamos a perder os nossos hábitos alimentares, num país com os problemas sociais, situações essas que refletem nas nossas vidas. Neste sentido, todo o cuidado é pouco”, sublinhou.   

Atcho Sanca, morador do Bairro de Reno, afirmou que também gosta de ir a rotunda do aeroporto para praticar desporto, porque é o local que lhe oferece melhores condições. Rodar a rotunda três vezes é como correr uma distância de meio quilómetro.

Segundo ele, o atual aspeto dessa infraestrutura mostra que o país está a dar passos importantes para o desenvolvimento, realizações que devem merecer aplausos de todos os guineenses comprometidos com o progresso. “Trata-se do nosso país e não do Senegal ou da Guiné. Alguém pode estar contra a política do Presidente da República, é normal, mas também devemo-nos ter coragem de reconhecer algo de bom que está a ser feito”.

Por seu lado, Cadi Dabó, que estava acompanhada do seu namorado, manifestou a sua satisfação pela requalificação da referida retunda. Na conversa com o repórter do jornal Nô Pintcha, a jovem disse que escolheu esse local para diversão, uma vez que fica mais perto da sua casa e também por ter um aspeto agradável.

Por seu turno, Maimuna Sambú, vendeira de laranja, disse que a rotunda é o espaço atrativo para venda, porque dantes tinham dificuldades em termos de negócio, mas agora, com afluência que se verifica no local, conseguem faturar mais.

Outra vendedeira, Djariatu Djau, informou a criação de um grupo na rede social (whatsapp), denominado “Bonitonas de zona”. Nesse espaço, discutem assuntos ligados ao seu dia a dia e, também, aproveitam para debruçar sobre matérias e trocar experiencias, porque dentro do grupo estão pessoas de níveis diferentes.

Enquanto isso, Vladimir Monteiro, vendedor de caipirinha, disse que o que lhe motivou a criar negócio foi exatamente a grande movimentação que se verifica na rotunda do aeroporto, com vista a garantir sustentabilidade.

No seu entender, os jovens devem ter iniciativas de autoemprego, porque Administração Pública está superlotada. “Sou formado em contabilidade, mas como não tenho oportunidades, resolvi montar o meu pequeno negócio para assegurar a vida”.

Alfredo Saminanco

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui