A Guiné-Bissau iniciou, na terça-feira, dia 22 de junho, a picada da segunda dose de vacinação contra a pandemia do novo coronavírus. O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, foi mais uma vez, o primeiro nessa ronda e falando no ato, disse aos jornalistas que o gesto visa sensibilizar a população, em geral, particularmente os destinatários no sentido de se vacinarem.
O Chefe de Estado felicitou o Alto Comissariado para a Covid-19 pelos esforços desenvolvidos e capacidade técnica e humana de fazer face a essa pandemia mundial que nenhum país do mundo conseguiu evitar.
Por seu lado, a alta comissária para a Covid-19, Magda Robalo, disse que a sua instituição continua empenhada em prosseguir com o método preventivo contra essa doença que assustou o mundo inteiro.
“Esperamos que esse gesto do Presidente da República sensibilize e encoraje a população, sobretudo os grupos vulneráveis (idosos e portadores de doenças crónicas) a tomar a vacina para estarem mais protegidos da contração da Covid-19”, salientou.
Ao responder a pergunta dos jornalistas sobre o número de pessoas já vacinadas no país, Magda Robalo afirmou que são cerca de 25 mil e lamentou que o Alto Comissariado depare com insuficiências em termos de unidades de vacinas para o número estimado da população, não obstante que conta receber mais apoios por parte dos parceiros em vista a atingir a quantidade de pessoas desejada. “Para já estamos a trabalhar com o que temos disponível”, esclareceu.
Formação de voluntários
O Alto Comissariado para a Covid-19 está a dar formação a cerca de 100 voluntários das associações de base dos diferentes bairros de Bissau que irão participar na sensibilização direta das populações sobre o combate a propagação do novo coronavírus.
A formação está a ser ministrada pelo grupo de Comunicadores de Risco e Engajamento Comunitário (CREC), contando com os agentes de Saúde Comunitária, da Cruz Vermelha e da associação nacional dos Promotores de Medicina Tradicional (PROMETRA).
A cerimónia da abertura dos trabalhos foi presidida pela alta comissária, Magda Nely Robalo, e contou com as presenças do coordenador do grupo de Comunicadores de Risco e Engajamento Comunitário, Hamadou Boiró, do diretor nacional de Saúde Comunitária, Pedro Vaz e do responsável da covid-19 para a Cruz Vermelha, Daniel Vieira.
Na ocasião, Magda Robalo teceu algumas considerações sobre a importância dessa formação tendo realçada a necessidade do reforço da campanha de sensibilização das populações sobre os riscos de contrair a pandemia, as medidas que se devem tomar para evitar a infeção e o que se deve fazer, em caso de alguém estar infectado com o novo coronavírus.
“Nas últimas semanas, os CREC estiveram envolvidos em “djumbais” com as diferentes associações de mulheres, jovens e organizações religiosas para sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de travar a propagação do novo coronavírus. Agora decidimos aumentar o número das pessoas para multiplicar esses djumbais”, sublinhou a alta comissária tendo, mais em frente, acrescentada que a formação será alargada às regiões.
Mais 22 casos de covid-19
Na semana de 14 a 20 de junho, a Guiné-Bissau registou 22 novos casos positivos para a COVID-19, dos quais 15 no Setor Autónomo de Bissau (SAB), 5 na região de Biombo, 1 em Oio e 1 em Tombali.
O país registou 14 doentes de covid-19 recuperados mediante o controle de positividade, enquanto oito pacientes estão ainda internados nas unidades hospitalares da região de Biombo.
Em relação à sub-região, o Senegal conta com um número acumulado de 42.206 casos da COVID-19, dos quais 306 são casos novos registados na semana epidemiológica 24 e um número acumulado de 1.158 óbitos, sendo oito novos óbitos registados na semana finda.
No mesmo diapasão, a Guiné-Conacri soma um número acumulado de 23.450 casos da COVID-19, dos quais 84 são casos novos registados na semana epidemiológica de 14 a 20 de junho. Em termos de óbitos foi registado um número acumulado de 167 óbitos pela COVID-19 e sem o registo de novos óbitos.
O continente africano, em geral, registou até ao dia 19 de junho de 2021, um número acumulado de 3.750.515 casos, dos quais 108.495 são casos novos registados na última semana, correspondente a um aumento de 23% em comparação com a semana 23.
Em termos de óbitos, o continente africano registou um número acumulado de 91.096 óbitos pela COVID-19, dos quais 1.532 óbitos foram registados na semana epidemiológica finda correspondente a um aumento de 8.9% comparativamente à semana 23.
De acordo com a atualização semanal da Organização Mundial da Saúde, até às 24h do dia 19 de junho de 2021, houve um registo de um número acumulado de 177.108.695 casos da COVID-19, dos quais 2.161.896 são casos novos registados na semana epidemiológica 24, correspondente a uma redução de 18% em relação à semana 23. Em termos de óbitos, a nível global, registou-se um número acumulado de 3.840.223 óbitos. Destes, 56.842 foram registados na semana epidemiológica 24 correspondente a uma redução de 20.8% comparativamente à semana 23.
A redução de casos e óbitos tem marcado o mundo, enquanto aumentam casos novos e óbitos em África e reduzem-se casos no Senegal, Guiné-Conacri e na Guiné-Bissau.
O Alto Comissariado para a COVID1-19 continua a exortar a população da Guiné-Bissau para a lavagem frequente das mãos com água e sabão, uso de desinfetantes com base em álcool; cobrir a boca com o braço dobrado em forma de “V” ou com um lenço de papel em caso de tossir/espirrar e deitá-lo ao lixo; evitar de tocar na cara, nomeadamente nos olhos, boca e nariz sem antes lavar as mãos; manter a distância mínima de um metro em relação a outras pessoas; evitar aglomerações; evitar aperto de mão, abraços, beijos; e usar a máscara em locais públicos ou na presença de outras pessoas.
Bacar Baldé e Aliu Baldé
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