Governo baixa licença de escoamento de 28 para 8 milhões de FCFA

Depois de várias negociações entre o Governo e os operadores económicos, através da CCIAS-GB, que ameaçavam fechar as portas, nos dias 18,19 e 20 do corrente mês em protesto à introdução de novos impostos aduaneiros, o Executivo decidiu descer os custos de 28 para 8 milhões de francos CFA, para cada operador, no escoamentos da castanha de caju de interior para capital Bissau.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Intermediários e dos Negócios, Lassana Sambu, esta decisão vai facilitar rapidamente a operação de escoamento do produto de interior para capita Bissau.

Enquanto isso, o presidente da Associação dos Operadores Económicos Mauritanos, Mohamed Mamudo Jafar, diz congratular-se com essa medida do Governo, e aconselha aos seus associados a respeitarem as regras estabelecidas pelas autoridades nacionais.  

De salientar que, na semana passada, em conferência de imprensa, o presidente em exercício da Câmara de Comércio Industria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau (CCIAS-GB), disse que a decisão de ordenar os seus associados para encerrar as portas dos seus estabelecimentos tinha a ver com o facto de as autoridades terem aumentado os impostos aduaneiros aplicados a todos os produtos importados, sobretudo os de primeira necessidade e alguns impostos acrescidos acima de 90 por cento aos operadores no escoamento e exportação da castanha de caju.

De acordo com Mama Samba Embaló, Esse aumento teve o impacto negativo para o setor de caju, sobretudo na economia. por ser exorbitante e desenquadrado, tendo em conta a pandemia do Covid-19”.

Embaló afirmou que a organização que dirige está consciente de que os recentes aumentos não obedecem nenhum mecanismo que venha a dar dinâmica ao negócio e fazer crescer a economia nacional.

Lembrou que a CCIAS-GB auscultou as diferentes organizações sobre as questões acima referidas perante a inércia que se tem verificado por parte do Governo em dar solução às questões pertinentes submetidas a apreciação do Presidente da República, do vice-Primeiro-ministro e dos membros do Governo presentes na reunião do dia 5 de maio.

Relativamente aos prejuízos causados pela pandemia de Covid-19 aos operadores económicos do país, o presidente da CCIAS-GB disse que a nível da sub-região, a Guiné-Bissau ainda continua a ser dos poucos que não obtive apoio financeiro do seu Estado para atenuar o impacto negativo desta pandemia que assola o país, e que já “provocou uma redução de mais de 70 por cento dos rendimentos das empresas e dos comerciantes, que não recebe os incentivos fiscais.

Prometeu, entretanto, que a sua organização não vai dar nenhum passo atrás até que as suas reclamações sejam atendidas.

Em curtas palavras, o Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, pediu os homens de negócios maior ponderação, porque as reivindicações não são boas para o Governo e nem para os operadores económicos do país. “É bom que eles continuem com os seus trabalhos por enquanto estamos a procurar soluções plausíveis para todos.

Texto e fotos: Fulgêncio Mendes Borges

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