“Queremos que a entrada dos funcionários na Função Pública seja com base no respeito às regras administrativas, neste caso, o concurso público”. Disse o presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, Fodé Carambá Sanhá, à saída de uma audiência com o Primeiro-Ministro, Nuno Gomes Nabiam, no dia 14 deste mês.
Sanhá disse que recebeu a garantia do Chefe do Governo de que vai tomar medida, através da revogação de todos os despachos administrativos, que permitiram ingressos ilegais no aparelho de Estado de 2012 a esta parte, salvo os nomeados para os cargos políticos.
Fodé Carambá Sanhá explicou que a audiência que manteve com o Primeiro-Ministro foi concedida na sequência de uma carta dirigida ao Chefe do Governo, na qual o movimento solicitou um posicionamento sobre a questão de despartidarização da Administração Pública.
“Solicitamos esta audiência com o Chefe do Executivo, porque entendemos que o assunto é de interesse nacional e que a sua solução permitiria a nossa Administração Pública funcionar devidamente”, disse.
Carambá Sanhá revelou que o encargo do Estado com o pessoal não é do seu nível, pois está sobrecarregado e ao que tudo indica isto terá a ver com a questão política.
Afirmou que há circunstâncias em que as instituições partidárias tentam resolver os seus problemas, introduzindo pessoas de conveniência política na Administração Pública como forma de compensação.
Despartidarização da Administração Pública
O Movimento considerou pertinente e urgente o Primeiro-Ministro tomar medidas que visam a “despartidarização da Administração Pública”, tornando-a eficaz e eficiente para o bem da sociedade guineense.
O líder da Sociedade Civil disse que a organização declarou ao Chefe do Executivo de que os fundos mobilizados para o Estado não podem ser investidos apenas no pagamento de salários mas, também, devem ser aplicados noutros setores chaves do desenvolvimento do país.
Texto e foto: Aliu Baldé
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