No quadro da cooperação bilateral, a Guiné-Bissau solicitou Portugal um curso de formação para os efetivos da Marinha Nacional, revelou o ministro da Defesa Nacional, no passado dia 12 do corrente mês, depois da visita ao navio militar portuguesa SETÚBAL, que esteve no país para uma missão de uma semana.
Na ocasião, Sandje Fati disse que aproveitou a visita para abordar as questões relacionadas à dinamização da cooperação com Portugal, principalmente no domínio de formação e capacitação aos oficiais subalternos e sargentos de marinha nacional.
O ministro da Defesa manifestou a sua satisfação pelo facto da Guiné-Bissau ser o primeiro a ser visitado pelo navio militar portuguesa, devendo passar por Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Nigéria e São Tomé e Príncipe.
Por sua vez, José Carroço, embaixador de Portugal, disse que a estada do navio em Bissau e o facto de Guiné-Bissau ser o primeiro país que o navio visitou no quadro dessa missão, traduz o reforço das relações e simboliza a vitalidade da cooperação entre Bissau e Lisboa.
Segundo ele, trata-se da primeira presença marítima coordenada pela União Europeia (UE), um projeto-piloto da presidência portuguesa.
O navio é uma unidade “não combatente” com vocação para exercer funções de autoridade do Estado e a realizar tarefas de interesse público nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional.
De salientar que o navio SETÚBAL é comandado pelo capitão-de-fragata Dias Marques, com uma guarnição de 58 militares, incluindo uma equipa de abordagem, mergulhadores, um médico naval e ainda um aspirante a oficial da Escola Naval.
O navio patrulha oceânico SETÚBAL é a mais recente embarcação da Armada portuguesa, construída nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e tem uma dimensão de 83,1 de comprimento e de 3,82 metros de largura, velocidade máxima de 21 nós e pesa 1850 toneladas.
O barco partiu de Lisboa, no dia 1 de março e vai permanecer em exercícios internacionais, ações de cooperação e de presença naval na Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gana, Nigéria e São Tomé e Príncipe.
Texto e Foto: Nelinho N´Tanhá