No cumprimento de um programa nacional de recrutamento, o primeiro-ministro, na companhia dos ministros ligados aos setores de defesa e segurança, deslocou-se no passado dia 10 deste mês ao Centro de Instrução Militar de Cumeré para conhecer, de perto, a realidade atual daquela instraestrutura militar.
Depois de ter percorrido todas as dependências do centro, Nuno Gomes Nabiam confirmou que está em curso um plano de urgência para a sua recuperação, embora não tenha deixado de lamentar o estado de abandono do maior Centro de Formação Militar do país e sem detalhar pormenores sobre a modalidade de recrutamento.
“Estou preocupado com o estado das infraestruturas do país, começando pelas estradas, centros de formação, edifícios e demais património. A prova disso é este Centro de Instrução Militar de Cumeré que não serve apenas aos militares, mas também utilizado na preparação de forças de defesa e segurança, podendo ainda ser útil às instituições que necessitam de treino especializado ou semelhante para o cumprimento das suas missões”, realçou o primeiro-ministro.
Nuno Nabiam disse que o Governo, em colaboração com o Estado-Maior General das Forças Armadas, está determinado na reabilitação deste centro militar devido à urgência da sua reparação.
A prioridade, neste momento, segundo o primeiro-ministro, visa resolver com brevidade o problema de acesso a água potável e, depois, seguir o plano elaborado pela Engenharia Militar, entidade responsável pela execução das obras.
Por outro lado, reconheceu o esforço dos responsáveis do centro na sua manutenção e embelezamento com jardins, árvores e flores à volta do recinto.
Por outro lado, disse que o país não está bem em termos económicos para resolver todas as necessidades, mas prometeu continuar a desenvolver mecanismos possíveis para encontrar soluções viáveis.
Questionado sobre o custo das obras, Nuno Gomes Nabiam disse não ter uma ideia clara sobre o fardo económico que causará às finanças públicas, mas deixou claro que desta vez vai tornar-se realidade
Imagem do país está em primeiro lugar
Relativamente à declaração de um jovem que disse ter sido espancado, supostamente, por elementos da segurança da Presidência da República, o primeiro-ministro disse aguardar com serenidade que a justiça seja feita, lembrando apenas que ninguém está acima da lei na Guiné-Bissau.
Nuno Nabiam disse que não se cansa de exortar aos membros do Governo sobre a necessidade de não se imiscuírem em situações que possam colocar em causa “a imagem e o nome” do país, acrescentando que o seu apelo é sempre no sentido de todos trabalharem para reerguer a Guiné-Bissau do lugar onde foi colocada ao longo de muitos anos.
Texto e foto: Seco Baldé Vieira