Presidência da República: Chefe de Estado pretende pôr fim à politização nos órgãos da soberania

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, manteve reuniões separadas no dia 8 de setembro com o Primeiro-ministro, Procurador-Geral da República, Supremo Tribunal de Justiça e o presidente do Tribunal de Contas, com o objetivo de analisar a frágil situação das instituições da República. 

À saída do encontro, o chefe do Governo, Nuno Gomes Nabiam reconheceu que não existe politização nas instituições do Estado, ao defender que a política não deve fazer parte da gestão da coisa pública. 

O Primeiro-ministro assegurou que durante as conversas que teve com o Chefe de Estado, os responsáveis dos órgãos de soberania perceberam da pertinência da reunião, na medida que vai permitir aos titulares dialogarem frequentemente.

De acordo com Nabiam, depois de 46 anos da nossa independência, houve problemas que fragilizaram as instituições do Estado, por isso é que o Presidente da República entendeu por bem pôr cobro a essa situação e fazer que as pessoas trabalhem para que haja uma verdadeira interdependência entre os órgãos de soberania.

CEDEAO felicita progressos


O Chefe de Estado afirmou que todos os Chefes de Estado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) felicitaram os progressos alcançados na Guiné-Bissau, no âmbito do normal funcionamento das instituições do Estado.

Sissoco Embaló, que falava à imprensa no passado dia 7 do corrente mês, no Aeroporto Internacional, Osvaldo Vieira, após o seu regresso de Níger, onde participou na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da organização sub-regional, garantiu que todos os presentes no encontro reafirmaram a sua determinação em assegurar o rápido progresso no processo de revisão da Constituição da 
Guiné-Bissau.

“Os Chefes de Estado do bloco sub-regional prometeram enviar um especialista para a Guiné-Bissau com o objetivo de virem verificar a proposta de revisão da Constituição, ou seja, se o Presidente da República açambarca todos os poderes como tem sido dito na praça pública.

Questionado como que avalia os trabalhos do novo presidente da Comissão de Reconciliação Nacional, venerando padre Domingos Cá, Umaro Sissoco Embaló disse que o papel do padre é celebrar a missa na igreja; de um imame é dirigir a reza na mesquita e de um pastor é dirigir culto na igreja e estes não devem participar na vida política ativa.

Segundo o Chefe de Estado, falamos sempre na reconciliação nacional, mas não temos nenhum roteiro que define as grandes linhas sobre como devemos fazer essa reconciliação.

“Devemos parar com o cinema, porque a UDIB já fechou, vamos deixar de brincadeiras, porque é coisa séria. Quem se reconciliará com quem? É verdade que desde a independência muitas pessoas sofreram, mas quando se fala de reconciliação, é preciso ter um roteiro que balize os critérios da reconciliação e identifique quem são os culpados para depois se pensar na verdadeira reconciliação.

Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges

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