Entrada em funcionamento da barragem de Kaleta adiada para 2021

O ministro da Energia e dos Recursos Naturais e presidente em exercício da conferência dos ministros da OMVG, na companhia do ministro da Economia, Plano e Integração Regional e do secretário de Estado do Orçamento visitou, no dia 26 de junho, as obras de construção das subestações de Safim e Antula.

A Organização para a Valorização da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG)  foi fundada em 1978 pelas Repúblicas da Gâmbia e do Senegal.A República da Guiné e a República da Guiné-Bissau integraram a organização em 1981 e 1983, respetivamente.

A bacia do rio Gâmbia abrange os rios Koliba/Corubal e Kayanga/Geba. Tem uma superfície de 118.000 km2 e cobre uma população estimada em 6,42 milhões de habitantes.

A OMVG é uma organização de cooperação regional com um quadro jurídico e institucional que permite, através da barragem, aproveitar e explorar os recursos hídricos comuns de forma racional e harmoniosa.

No final da visita, o ministro da Energia e Recursos Naturais informou que a deslocação ao terreno visava reconhecer o nível da evolução dos trabalhos de construção dos quatro postes que suportam as subestações de transformação de energia que será produzida pela barragem de Kaleta, no território da República da Guiné.

“Estamos aqui para acompanhar de perto os trabalhos, incluindo eventuais obstruções que o Governo poderá intervir e facilitar o seu desbloqueamento, apesar de os trabalhos estarem bastante avançados”, manifestou Jorge Malu.

O governante afirmou que o projeto está a seguir desenvolver-se a bom ritmo, mas lamentou alguns atrasos técnicos provocados pela situação da pandemia do coronavírus.

Jorge Malu disse que o projeto, que inicialmente se previa concluir-se em 2020, lamenta que isso só será possível em abril de 2021.

O governante reconheceu que o desenvolvimento de qualquer país do mundo passa rigorosamente pelo investimento sério no setor da energia, com vista a atrair potenciais investidores.

Por sua vez, o titular da pasta da Economia anunciou a existência de um projeto aprovado pelo Conselho de Ministros do dia 25 de junho, que visa criar infraestruturas sociais.

Por outro lado, Victor Mandinga considerou o projeto da Organização para a Valorização do Rio Gâmbia de uma gigantesca iniciativa dos países membros da organização, que consegue juntar à sua volta, pelo menos, oito potenciais financiadores.

No que concerne ao fornecimento da energia à cidade de Bissau intitulado “Hora Tchiga”, Victor Mandinga disse que, actualmente, Bissau consome apenas 36 megaWatts, mas com a conclusão da barragem em abril do próximo ano, a capital do país passará a beneficiar de mais de 80 megaWatts, quase três vezes superior à atual capacidade.

Outra novidade anunciada pelo ministro é a inauguração, no próximo ano, do cabo submarino que vai ancorar a fibra ótica com vista a melhorar o setor das telecomunicações e permitir uma maior eficiência nos serviços da internet.

Por último, Victor Mandinga anunciou a aprovação, pelo Conselho de Ministros, de um projeto de financiamento da economia nacional num montante em forma de crédito avaliado em mais de 350 milhões de francos CFA.

Por: Seco Baldé Vieira

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