Termina amanhã o primeiro Workshop Nacional da Juventude sobre o Clima, que vinha decorrendo em Bissau, desde o dia 29 de outubro, sob a organização do Ministério do Ambiente, da Biodiversidade e Ação Climática, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Sob o lema “Promovendo o papel das crianças e jovens no combate às alterações climáticas”, o encontro junta cerca de 90 jovens, vindos de diferentes quadrantes do país, visando preparar o seu Plano de Ação Climática para 2025-2026 e eleição de um embaixador nacional.
Segundo um comunicado de imprensa, a que o Nô Pintcha teve acesso, esta iniciativa pioneira surge no quadro dos esforços nacionais para a criação da Rede Juvenil de Acão Climática na Guiné-Bissau, apoiada pelo Unicef. Essa ação de formação foi antecedida por uma identificação dos futuros membros da organização em todas as regiões do país.
O mesmo documento informa que o referido workshop culmina com o empossamento oficial dos membros da rede, incluindo o máximo representante ao nível nacional, eleito no encontro, por parte do ministro do Ambiente, da Biodiversidade e Acão Climática, Viriato Luís Soares Cassamá.
O comunicado adianta que os 90 membros da Rede Juvenil de Acão Climática na Guiné-Bissau, a qual visa promover o desenvolvimento sustentável através da participação ativa dos jovens na implementação dos compromissos internacionais assumidos pelo país, no âmbito de Acordo de Paris, beneficiaram de formação em educação ambiental, ministrada pela ONG Palmeirinha e o Núcleo Social Rasta Turpessa.
A título informativo, o comunicado de imprensa lembra que as alterações climáticas são um dos maiores desafios do nosso tempo, perturbando os meios de subsistência através da alteração dos padrões de migração e interrompendo o progresso do desenvolvimento, em especial nos domínios da saúde, nutrição, água, saneamento e higiene.
Igualmente, a educação e as proteções infantil e social são outras das áreas afetadas pelo fenómeno, trazendo consigo novas crises devido a condições meteorológicas extremas e à mudança dos padrões de doença. Considera-se que “a crise climática é também uma crise dos direitos da criança”.
Ibraima Sori Baldé