O Governo, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançou, dia 31 de julho, a nona edição da campanha da Quinioprevenção do Paludismo Sazonal (QPS) para as crianças de cinco a 10 anos de idade.
Esta campanha vai abranger somente as regiões de Bafatá, Gabu, Tombali e Bolama Bijagós, consideradas mais atingidas pela essa doença. As atividades vão iniciar em 3 de agosto, com o objetivo de atingir 250 mil crianças.
No ato do lançamento, a ministra da Saúde Pública disse que a campanha consiste na administração intermitente dos medicamentos (Sulfadoxina/Pirimetamina mais Amodiaquina) para prevenção do paludismo nas crianças de 3 a 59 meses de idade que vivem nessas regiões sanitárias, com maior prevalência da doença (Bafatá, Gabu, Bolama, Tombali e área sanitária de Plack II do Setor Autónomo de Bissau.
Maria Inácia Có Sanhá disse que esta estratégia foi recomendada pela OMS desde 2012, e a Guiné-Bissau começou a implementá-la só a partir de 2016. “Nos últimos anos foi constatada a migração dos casos de paludismo da faixa etária de menores de cinco anos de idade para a de cinco a 10 anos, portanto, a campanha deste ano cobrirá somente esta última”.
A governante lançou apelo a todos governadores, e pessoas influentes das regiões abrangidas para se engajarem na sensibilização e na divulgação de mensagens.
Por seu lado, a representante do PNUD disse que a sua organização é um parceiro chave no sector de saúde e responsável pela gestão do subsídio de 30 milhões de euros, disponibilizado pelo Fundo Mundial para o combate ao paludismo e fortalecer o sistema de saúde.
Alessandra Casazza afirmou que o paludismo continua a ser um grave problema de saúde pública na Guiné-Bissau.
“O PNUD é responsável pela compra de todos os testes, produtos de diagnóstico, tratamento e prevenção do paludismo, que são distribuídos gratuitamente à população, independentemente do sexo, religião ou etnia, através das instalações de saúde pública e agentes de saúde comunitária”, explicou.
Lembrou, igualmente, que a sua organização também é responsável pelo financiamento de atividades de prevenção do paludismo, como a distribuição de redes mosquiteiras (MILDA) para grávidas durante as consultas pré-natais e para crianças durante a imunização e as campanhas de Quimioprevenção Sazonal do Paludismo.
Assegurou que a campanha deste ano será realizada nas regiões mais atingidas do interior do país, tendo agradecido todos os parceiros envolvidos na sua concretização. “Graças ao financiamento do Fundo Mundial, o PNUD se orgulha de apoiar esta campanha, garantindo a proteção das crianças de Bafatá, Bolama, Gabu e Tombali contra o paludismo durante a época das chuvas”.
A finalizar, diz ter a certeza que Juntos vão trabalhar para diminuir a mortalidade e morbidade, aumentando a expectativa de vida para o povo da Guiné-Bissau.
Alfredo Saminanco