A Confederação Nacional das Organizações de Imprensa entende que o apelo do Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o boicote das atividades do Presidente da República não passa de “uma apreciação desfocada, inédita, completamente absurda e nunca feita” na história do jornalismo guineense, mesmo nos “tempos da ditadura” do partido único.
Neste domingo, 14 de julho, o Sindicato de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) divulgou uma “Nota de Repúdio”, em que insta aos profissionais do setor a boicotarem a todas as atividades do Presidente Umaro Sissoco Embaló, “em virtude da defesa de dignidade pessoal e profissional”.
Na nota, o Sinjotecs exorta o Chefe de Estado a melhorar a sua conduta social e profissional e, sobretudo, ter um respeito particular aos técnicos da área que, a seu ver, promovem e lapidam sistematicamente a sua imagem pública.
Segundo o sindicato, Sissoco Embaló tem vindo a proferir insultos contra os jornalistas e, recorrentemente, prega adjetivos ofensivos dirigidos a esses profissionais, facto que revela “desrespeito e desconsideração” ao valioso serviço público da imprensa.
Ora, em reação a essa nota, a Confederação Nacional das Organização de Imprensa (CNOI) diz que boicotar o Chefe de Estado é concomitantemente envenenar as relações entre os Media e a Presidência da República e, ao mesmo tempo, fechar uma fonte de informação, o que viola diretamente à Constituição da República.
Neste sentido e em comunicado, a CNOI encoraja os jornalistas a encerrarem fileiras na unidade e no profissionalismo, mantendo sempre o foco: os políticos para a arena política e os jornalistas ao restrito anfiteatro de comunicação e informação virada para o reforço da coesa social e da unidade nacional.
Ibraima Sori Baldé