Cerca de 40 militares formados em comandantes de pelotão

O Estado-Maior General das Forças Armadas atribuiu hoje, dia 12 de julho, certificados a 39 militares oriundos dos três ramos, no final do primeiro curso de capacitação de oficiais comandantes de pelotões, realizado na Escola de Formação Militar “General Biaguê Clussé Na N´Tan, em Cumeré, com duração de 42 dias.

O curso enquadra-se no âmbito da modernização das Forças Armadas, privilegiando a valência de instrução clássico-militar de uma força armada republicana. A formação foi ministrada por militares portugueses em missão de capacitação no país e contou com a participação de instrutores nacionais.

Na ocasião, o ministro da Defesa Nacional, que presidiu o ato do encerramento, afirmou que o treinamento físico, intelectual e moral a que foram submetidos, proporcionou aos formandos capacidades para comandar e inspirar os futuros subordinados.

Nicolau dos Santos disse que mais que mero treinamento, o comprometimento com valores como a ética, a disciplina e o amor incondicional à pátria, define-os agora como novos oficiais do exército nacional.

Por outro lado, afirmou que a partir deste momento, enquanto componentes das forças armadas, que se pretende ser republicana, a “vossa missão, é de proteger a sociedade. Portanto, uma missão difícil, mas profundamente gratificante”.

De acordo com o governante, o patriotismo, a honra, a disciplina, coragem e liderança devem ser princípios a orientar toda a atuação e carreira enquanto oficiais das forças armadas.

Conhecimento que correspondam às exigências

Para o diretor da Escola Militar em Cumeré, Daba Na Walna, esse curso não se trata de promoção, mas sim de requalificação, e reveste-se de grande importância, pois visa habilitar com conhecimento que correspondam com às exigências dos cargos que exercem, a nível dos pelotões, enquanto oficiais subalternos, e isso faz toda a diferença.

“Vão sair desta escola para as vossas unidades, confiantes de que a vossa situação, em termos de conhecimentos académicos militares será diferente pela positiva, pois vieram sedentas de conhecimentos, e estão a sair com uma mão cheia deles”.

Na Walna disse aos formados que o caminho certo é este, o da formação, disciplina e trabalho. Segundo ele, não existe mais outro que possa alavancar e dinamizar as forças armadas, tal como desejado pelos seus fundadores, nos primórdios da luta pela independência nacional, no pretérito ano de 1964.

Acrescentou que os caminhos da sorte, do vale tudo ou da salva quem puder, conduziram-nos a este beco do desconforto, desconfiança e de animosidade, nada favoráveis para a coesão nacional e o desenvolvimento sustentável do país, no seu todo, e das Forças Armado, em particular.

Por outro lado, o diretor do Centro de Cumeré disse que só uma organização sólida e credível, baseada na exaltação do mérito individual, onde reine a concorrência e competição salutares, pode levar a classe castrense guineense aos patamares das suas congéneres da sub-região.

“E isso só será possível com a formação, a observância da disciplina e o reconhecimento meritório de quem trabalha, cumprindo zelosamente as suas obrigações. Trilhar outros caminhos, que se desviem desta linha, è promover clientelismo, nepotismo e a nefasta amizade, que se contrastam frontalmente com o espírito do corpo que deve reger às Forças Armadas, por força do qual, cada militar é guarda-costas do seu camarada”, declarou Daba Na Walna.

Fulgêncio Mendes Borges

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