“Projeto Ambiente Boa” entrega diplomas aos recém-formados

O segundo grupo de finalistas do centro de formação “Projeto Ambiente Boa”, composto por 26 estudantes, receberam, no último fim de semana, os seus respetivos diplomas, nas áreas de Culinária, Maquiagem, Artesanato e Decoração.

Desta vez, a entrega de diplomas realizou-se sob o lema “Sonhamos juntos, podemos vencer”, depois de três meses de cursos intensivo e profissional, cuja equipa é constituída por cerca de 85 por cento de meninas, na qual se destaca uma de 10 anos que frequentou o curso de Decoração.

Na ocasião, o líder do projeto fez um breve historial do surgimento de “Projeto Ambiente Boa”, no ano passado, apenas com um curso, mas as áreas de formação foram aumentando aos poucos até chegar a quarto.

Secuna Mané Júnior aproveitou para felicitar aos formandos, a quem encorajou a apostar também na autoformação e na formação contínua.

O evento teve como madrinha a diretora do jornal Nô Pintcha, que qualificou a cerimónia de um grande simbolismo, considerando os agora formados de vencedores, porque já provaram serem capazes e de estar à altura de assumir outros desafios.

Elci Pereira Dias acredita nas capacidades de empreender dos formados, para suprirem os obstáculos que poderão advir, encorajando-os a não se acomodarem, pois terão muita concorrência pela frente, visto que partilham espaço com outras pessoas da comunidade, num mundo global. Por isso, “precisam de ser determinados e criativos”.

Aliás, recorreu ao líder imortal Amílcar Cabral, que dizia “aprender e aprender sempre”, para aconselhar os seus afilhados, lembrando que hoje em dia, o mundo está dinâmico e cheio de inovações, pelo que há necessidade de se continuar a investir na capacitação, como única garantia para se manter no mercado.

No entanto, Pereira Dias deixou umas digas sobre o género, tendo aconselhado às meninas a se esforçarem mais para poderem fazer face aos homens, que não vão dar oportunidades à bandeja.

Por seu lado, o padrinho referiu que a população guineense é maioritariamente jovem e essa é a camada que menos produz no país.

Mas Arafã Sandem adiantou que é possível fazer o país avançar, desde que a juventude pare de perder demasiado tempo em bancadas a discutir coisas de desporto ou política, sem pôr as mãos à obra.

Ele também aconselhou os recém-formados a apostarem no empreendedorismo, pois as empresas são feitas para os operacionais, aqueles que produzem.

Sandem disse a receção desses diplomas é o ponto de parida para um futuro mais risonho e está convicto de que a Guiné-Bissau conta com a contribuição de cada um dos seus filhos, uma vez que só assim o país desenvolve.

Ibraima Sori Baldé

 

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